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    Bolsonaro tira pacote anticrime de Moro das prioridades do governo

    Em meio a um acelerado desgaste de sua força e prestígio, Sérgio Moro e seu "´pacote anticrime" saíram da lista das prioridades de Jair Bolsonaro. Segundo Bolsonaro, Moro "não julga mais ninguém" e não está mais em um ambiente em que “decidia com uma caneta na mão”. Ainda de acordo com ele, o governo é um “jogo que tem que saber jogar” e que a prioridade agora é a reforma tributária

    (Foto: Lula Marques | Marcos Corrêa/PR)

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    247 - Em meio a um acelerado desgaste de sua força e prestígio, o ministro da Justiça, Sérgio Moro, e seu "´pacote anticrime" saíram da lista das prioridades de Jair Bolsonaro. Foi o que afirmou o próprio Bolsonaro na manhã desta quinta-fera (8) ao dizer que Moro  "não julga mais ninguém" e não está mais em um ambiente em que  “decidia com uma caneta na mão”. Bolsonaro disse ainda que o governo é um “jogo que tem que saber jogar e que prioridade agora é a reforma tributária. 

    "O ministro Moro é da Justiça, mas ele não tem poder de… não julga mais ninguém. Então, temos que, entendo a angústia dele em querer que o projeto dele vá para a frente, entendo, mas nós temos que combater, diminuir o desemprego, fazer o Brasil andar, abrir o nosso comércio”, disse Bolsonaro.

    Segundo Bolsonaro, derrotas fazem "parte do jogo" e  o pacote anticrime, ao contrário do desejado por Moro, não é mais visto com urgência pelo governo. “Sabemos que uma pressão em cima da reforma dele agora atrapalha um pouco a tramitação da nossa reforma mãe, que é a da Previdência. Eu tenho falado para ele [Moro] ter um pouco mais de paciência”, ressaltou. 

    Ainda conforme Bolsonaro, “teve alguma reação do Parlamento e você não pode causar turbulência. Lamento, mas tem que dar uma segurada. Eu não quero pressionar isso aí e atrapalhar, tumultuar lá. Tantas outras propostas não enviamos para não atrapalhar a reforma da Previdência”. 

    "O Moro está vindo de um meio onde ele decidia com uma caneta na mão. Agora, não temos como decidir de forma unilateral. E temos que governar o Brasil. O que que eu sempre falei para todos os ministros? Eu quero que o Brasil dê certo", justificou. Para ele, as mudanças feitas pelos parlamentares no projeto do pacote antircime ão "parte do jogo". "É natural. Fiquei 28 anos lá dentro. Olha, 'se a proposta for para frente eu não voto a Previdência'. É o jogo. Tem que saber jogar", enfatizou. 

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