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    Bolsonaro vai matar muitos brasileiros, diz presidente da maior consultoria de riscos do mundo

    "Tem um nível de irresponsabilidade que eu nunca vi em nenhum líder democraticamente eleito", diz Ian Bremmer, da Eurasia

    Ian Bremmer, CEO da Eurasia (Foto: Wikipedia)

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    247 – "O presidente Bolsonaro publica uma foto dele em uma multidão em Brasília ... tirada pelo twitter. Ele vai matar brasileiros. Um nível de irresponsabilidade que nunca vi de um líder eleito democraticamente", postou Ian Bremmer, presidente da Eurasia Group, a maior consultoria de riscos do mundo. Confira seu tweet e reportagem da Reuters a respeito:


    SÃO PAULO (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro disse neste domingo que está “com vontade” de editar um decreto na segunda-feira que permita que todos os profissionais que precisam trabalhar para sustentar suas famílias retomem suas atividades, apesar das medidas de restrição à circulação tomadas por vários Estados e municípios para conter a disseminação do coronavírus.

    A declaração foi dada a jornalistas quando o presidente retornou ao Palácio da Alvorada depois de sair neste domingo para visitar o Hospital das Forças Armadas (HFA) e as cidades-satélite de Taguatinga e Ceilândia, no Distrito Federal.

    “Eu estou com vontade, não sei se vou fazer, baixar um decreto amanhã: ‘toda e qualquer profissão legalmente, existente, ou aquela que é voltada para a informalidade se for necessária para o sustento dos seus filhos, para levar o leite para seus filhos, arroz e feijão para sua casa, vai poder trabalhar’”, afirmou o presidente e disse que ainda está estudando a edição deste possível decreto, que avaliou como “justo”.

    Ao voltar a criticar as medidas de isolamento e apontar seus efeitos na economia, que classificou como “desastrosos”, Bolsonaro chegou a atribuir o aumento da violência doméstica em meio à crise do coronavírus ao fato de, nas palavras dele, faltar pão na casa das pessoas.

    “Tem mulher apanhando em casa. Por que isso? Em casa que falta pão, todos brigam e ninguém tem razão. Como é que acaba com isso? Tem que trabalhar, meu Deus do céu. É crime trabalhar?”, disse.

    Ao justificar sua saída neste domingo, que contraria as orientações do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde (OMS) para que as pessoas restrinjam a circulação ao mínimo necessária para conter a pandemia, Bolsonaro disse que estava trabalhando e que é dever do presidente estar ao lado do povo.

    “Eu também estou trabalhando. Eu considero essa minha atividade um serviço. Estou do lado do povo para saber quais são os problemas. Eles querem voltar ao trabalho”, disse.

    “Eu vou para o meio do povo. Quem me critica não vai. Duvido que vá.”

    O presidente disse ainda que é preciso enfrentar o vírus “como homem, não como moleque”.

    “O vírus está aí, Vamos ter que enfrentá-lo. Mas enfrentar como homem, pô! Não como moleque, Vamos enfrentar o vírus com a realidade. É a vida! Todos nós iremos morrer um dia”, afirmou.

    O presidente disse ainda que foi ao HFA para ver como estava o fluxo de pacientes de coronavírus na unidade e afirmou que era “quase inexistente”. O Hospital das Forças Armadas, no entanto, atende apenas militares e o hospital referência em Brasília para tratamento do Covid-19, doença causada pelo vírus, é Hospital Regional da Asa Norte (HRAN).


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