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    Ciro reaparece e diz que busca aliança com a direita para impedir o PT no segundo turno

    O candidato derrotado à presidência em 2018 reapareceu com uma entrevista à Folha de S. Paulo e praticou o seu esporte favorito: atacar Lula e o PT

    Ciro Gomes e o ex-presidente Lula (Foto: Reuters | Ricardo Stuckert)

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    247 - Em entrevista publicada neste sábado, ele diz que intensificou a aproximação com siglas como DEM e PSD, que ele chama de centro, mas que, na verdade, é de direita.

    “Nesse quadro de hiperfragmentação, quem for contra o Bolsonaro no segundo turno tem tendência de ganhar a eleição. O menos capaz disso é o PT. Por isso, a minha tarefa é necessariamente derrotar o PT no primeiro turno", afirmou.

    Pelas pesquisas, Lula é o candidato com mais chance de derrotar Bolsonaro, no primeiro ou no segundo turno.

    Ciro teve 12% dos votos válidos em 2018, menos da metade da votação de Fernando Haddad, que foi para o segundo turno e terminou o pleito com mais de 47 milhões de votos, sem a presença do candidato do PDT, que viajou para Paris.

    Na entrevista, Ciro Gomes fez mais uma vez fez intriga.

    "Converso muito com os petistas. Lá dentro, tem um grupo que acha que o Lula, com sua loucura e caudilhismo, está passando de qualquer limite. Faz as coisas sem consultar ninguém, joga só, é o Pelé", compara.

    ”O Lula escolheu o Haddad [como pré-candidato em 2022] porque não fará sombra a ele nem hoje nem jamais. Ou seja, quer replicar a escolha da Dilma [Rousseff]."

    Disse ainda: "Nós [PT e eu] somos coisas diferentes. Fomos aliados em alguns momentos e adversários em outros. Eu agora tenho uma adversidade intransponível com o lulopetismo, que é diferente dos outros 'PTs' que eu conheço", afirma.

    Entre seus interlocutores no partido de Lula estão o governador do Ceará (berço político dos Gomes), Camilo Santana, e o senador pela Bahia Jaques Wagner, registrou o jornal.

    Os principais interlocutores de Ciro na direita são hoje ACM Neto, ex-prefeito de Salvador e liderança do DEM, e Gilberto Kassab, do PSD.

    "Quero sinalizar minha vontade de alargar o diálogo, porque o Brasil necessita de um novo consenso. E aí aparece o DEM, com todas as suas contradições internas e comigo, e o PSD, com contradições mais comigo do que internas. E daí? Quero que isso seja feito à luz do dia, de forma transparente”, disse.

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