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    Dossiê dos "antifascistas" começou antes de Mendonça, dizem ministros do STF

    A informação foi revelada por Edson Fachin durante julgamento sobre o dossiê. O ministro chamou atenção para o fato de que "o relatório inicia com pedido de busca em 24 de abril deste ano". A data marca o dia em que Sergio Moro anunciou sua demissão

    Ministro da Justiça, André Mendonça 29/04/2020 (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)
    Guilherme Levorato avatar
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    Conjur - O monitoramento de servidores do chamado movimento antifascista pelo Ministério da Justiça começou antes da gestão do ministro André Mendonça. 

    A informação veio à tona nesta quinta-feira (20/8), com voto do ministro Luiz Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, em julgamento sobre o tema. O ministro chamou atenção para o fato de que "o relatório inicia com pedido de busca em 24 de abril deste ano". A data marca o dia em que Sergio Moro anunciou sua demissão da pasta da Justiça. A nomeação de Mendonça aconteceu quatro dias depois.

    Votando em seguida, o ministro Luís Roberto Barroso afirmou: "o Dr. Mendonça não teve qualquer ligação com esses eventos, porque esses fatos seriam anteriores sequer à sua própria designação". 

    O Supremo continua nesta quinta a análise de ação do partido Rede Sustentabilidade, que questiona a investigação sigilosa tocada pelo Ministério de Justiça. O documento sigiloso foi produzido pela Secretaria de Operações Integradas (Seopi), da pasta em questão, contra 579 servidores federais e estaduais, além de professores.

    Até o momento, quatro ministros acompanharam a relatora, ministra Cármen Lúcia, que votou para suspender todo e qualquer ato do Ministério que gere relatórios ou compartilhamento de informações pessoais de cidadão identificado como pertencente a "movimento antifascista". 

    De acordo com a ministra, não é competência de órgão estatal ou de particulares produzir dossiê "contra quem quer que seja, nem instaurar procedimento inquisitorial". O Estado, disse, "não pode ser infrator, menos ainda em afronta a direitos fundamentais, que é sua função de garantir e proteger".

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