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    Em manifesto, Ciro, Haddad, Boulos e Dino pedem renúncia de Bolsonaro

    "Jair Bolsonaro é o maior obstáculo à tomada de decisões urgentes para reduzir a evolução do contágio, salvar vidas e garantir a renda das famílias, o emprego e as empresas", diz o manifesto assinado pelos ex-presidenciáveis Ciro Gomes (PDT), Fernando Haddad (PT), Guilherme Boulos (PSOL), além do governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), e outras lideranças

    (Foto: Reuters | 247 | ABr)

    247 - Os ex-presidenciáveis Ciro Gomes (PDT), Fernando Haddad (PT), Guilherme Boulos (PSOL), além do governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), pedem em manifesto a renúncia de Jair Bolsonaro por ser ser "um presidente da República irresponsável", que agrava a crise do coronavírus pois "comete crimes, frauda informações, mente e incentiva o caos".

    "Jair Bolsonaro é o maior obstáculo à tomada de decisões urgentes para reduzir a evolução do contágio, salvar vidas e garantir a renda das famílias, o emprego e as empresas. Atenta contra a saúde pública, desconsiderando determinações técnicas e as experiências de outros países", diz o texto.

    "Bolsonaro não tem condições de seguir governando o Brasil e de enfrentar essa crise, que compromete a saúde e a economia. Comete crimes, frauda informações, mente e incentiva o caos, aproveitando-se do desespero da população mais vulnerável. Precisamos de união e entendimento para enfrentar a pandemia, não de um presidente que contraria as autoridades de Saúde Pública e submete a vida de todos aos seus interesses políticos autoritários", continua.

    O texto foi atualizado no dia 3 de abril para a inclusão de algumas adesões, entre elas dois partidos, o PV e a Rede.

    Leia a íntegra do manifesto e os nomes dos signatários:

    O BRASIL NÃO PODE SER DESTRUÍDO POR BOLSONARO

    O Brasil e o mundo enfrentam uma emergência sem precedentes na história moderna, a pandemia do coronavírus, de gravíssimas consequências para a vida humana, a saúde pública e a atividade econômica. Em nosso país a emergência é agravada por um presidente da República irresponsável. Jair Bolsonaro é o maior obstáculo à tomada de decisões urgentes para reduzir a evolução do contágio, salvar vidas e garantir a renda das famílias, o emprego e as empresas. Atenta contra a saúde pública, desconsiderando determinações técnicas e as experiências de outros países. Antes mesmo da chegada do vírus, os serviços públicos e a economia brasileira já estavam dramaticamente debilitados pela agenda neoliberal que vem sendo imposta ao país. Neste momento é preciso mobilizar, sem limites, todos os recursos públicos necessários para salvar vidas.

    Bolsonaro não tem condições de seguir governando o Brasil e de enfrentar essa crise, que compromete a saúde e a economia. Comete crimes, frauda informações, mente e incentiva o caos, aproveitando-se do desespero da população mais vulnerável. Precisamos de união e entendimento para enfrentar a pandemia, não de um presidente que contraria as autoridades de Saúde Pública e submete a vida de todos aos seus interesses políticos autoritários. Basta! Bolsonaro é mais que um problema político, tornou-se um problema de saúde pública. Falta a Bolsonaro grandeza. Deveria renunciar, que seria o gesto menos custoso para permitir uma saída democrática ao país. Ele precisa ser urgentemente contido e responder pelos crimes que está cometendo contra nosso povo.

    Ao mesmo tempo, ao contrário de seu governo - que anuncia medidas tardias e erráticas - temos compromisso com o Brasil. Por isso chamamos a unidade das forças políticas populares e democráticas em torno de um Plano de Emergência Nacional para implantar as seguintes ações:

    -Manter e qualificar as medidas de redução do contato social enquanto forem necessárias, de acordo com critérios científicos;

    -Criação de leitos de UTI provisórios e importação massiva de testes e equipamentos de proteção para profissionais e para a população;

    -Implementação urgente da Renda Básica permanente para desempregados e trabalhadores informais, de acordo com o PL aprovado pela Câmara dos Deputados, e com olhar especial aos povos indígenas, quilombolas e aos sem-teto, que estão em maior vulnerabilidade;

    -Suspensão da cobrança das tarifas de serviços básicos para os mais pobres enquanto dure a crise,

    -Proibição de demissões, com auxílio do Estado no pagamento do salário aos setores mais afetados e socorro em forma de financiamento subsidiado, aos médios, pequenos e micro empresários;

    -Regulamentação imediata de tributos sobre grandes fortunas, lucros e dividendos; empréstimo compulsório a ser pago pelos bancos privados e utilização do Tesouro Nacional para arcar com os gastos de saúde e seguro social, além da previsão de revisão seletiva e criteriosa das renunciais fiscais, quando a economia for normalizada.

    Frente a um governo que aposta irresponsavelmente no caos social, econômico e político, é obrigação do Congresso Nacional legislar na emergência, para proteger o povo e o país da pandemia. É dever de governadores e prefeitos zelarem pela saúde pública, atuando de forma coordenada, como muitos têm feito de forma louvável. É também obrigação do Ministério Público e do Judiciário deter prontamente as iniciativas criminosas de um Executivo que transgride as garantias constitucionais à vida humana. É dever de todos atuar com responsabilidade e patriotismo.

    ASSINAM (por ordem alfabética):

    Carlos Siqueira, presidente nacional do PSB.

    Carlos Lupi, presidente nacional do PDT.

    Ciro Gomes, ex-candidato a Presidência pelo PDT.

    Edmilson Costa, presidente nacional do PCB.

    Fabiano Contarato - REDE.

    Fernando Haddad, ex-candidato à Presidência pelo PT.

    Flavio Dino, governador do estado do Maranhão.  

    Guilherme Boulos, ex-candidato a Presidência pelo PSOL.

    Gleisi Hoffmann, presidenta nacional do PT

    José Luiz Penna, presidente do PV

    Juliano Medeiros, presidente nacional do PSOL.

    Luciana Santos, presidenta nacional do PC do B.

    Manuela D'Avila, ex-candidata a Vice-presidência (PCdoB)

    Randolfe Rodrigues - Líder da Oposição e REDE no Senado.

    Roberto Requião, ex-governador do Paraná.

    Rogério Carvalho, líder do PT no Senado

    Sonia Guajajara, ex-candidata à Vide-presidência (PSOL)

    Tarso Genro, ex-governador do Rio Grande do Sul

    Veneziano Vital do Rego - Líder do Bloco PSB/REDE/PDT/CIdadania

    Weverton Rocha - Líder do PDT no Senado

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