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    Fachin: 'em outubro, o País precisa deixar o eleitor falar'

    "Há mais de 90 anos, esse tem sido o trabalho da Justiça Eleitoral: deixar falar o eleitor. Deixar falar de forma livre", disse o presidente do TSE

    Edson Fachin (Foto: Nelson Jr./SCO/STF)
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    247 - O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, afirmou que "a Justiça Eleitoral está preparada para conduzir as Eleições de 2022 de forma limpa e transparente". "Há mais de 90 anos, esse tem sido o trabalho da Justiça Eleitoral: deixar falar o eleitor. Deixar falar de forma livre. Deixar falar de forma plena. Deixar que falem homens e mulheres. Jovens e adultos. Deixar falar cada um dos milhões de eleitores, de norte a sul do país", disse.  As declarações dele e a reunião da Comissão de Transparência Eleitoral, nesta segunda-feira (20), aconteceram em um contexto de ataques feitos por Jair Bolsonaro (PL) contra o sistema eleitoral brasileiro. Segundo Fachin, "não há dúvidas de que a transparência é um dos elementos mais relevantes para a aferição da qualidade de uma democracia".

    A comissão teve uma reunião com seus 17 membros para avaliar as ações do grupo. De acordo com o blog do Fausto Macedo, o ministro fez o pronunciamento na presença do representante militar indicado pelo governo Bolsonaro para integrar a equipe, general Heber Garcia Portella. A comissão foi criada em agosto do ano passado pelo então presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, atual ministro do STF.

    As declarações de Fachin e a reunião da comissão aconteceram em um contexto de ataques feitos por Jair Bolsonaro (PL) contra o sistema eleitoral brasileiro. Ele tem criticado a segurança da apuração de votos e defendido a atuação das Forças Armadas na checagem do resultado das eleições. A oposição ao governo e setores progressistas da sociedade veem tentativa de golpe se Bolsonaro perder o pleito de outubro. 

    No começo deste mês, o ministro da Defesa, Paulo Sergio Nogueira, encaminhou um documento a Fachin dizendo que "as Forças Armadas não se sentem devidamente prestigiadas por atenderem ao honroso convite do TSE para integrar a Comissão de Transparência".

    Também no início de junho, o colunista do jornal O Globo Ascânio Seleme informou que Bolsonaro "vai antecipar sua tentativa de golpe para o dia 7 de setembro", caso as pesquisas continuem mostrando ampla vantagem para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

    Em maio, o TSE concluiu testes em urnas eletrônicas e informou que investigadores não conseguiram alterar voto, mudar o resultado da urna ou fraudar o processo eleitoral.

    No final do mês passado, Fachin pediu que a comunidade internacional "esteja alerta contra acusações levianas" ao sistema eleitoral brasileiro. 

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