Lula recebe o apoio de oito ex-candidatos à Presidência da República
Participaram do ato Boulos (Psol), Luciana Genro (Psol), Cristovam Buarque (Cidadania), Marina (Rede), Haddad (PT), Meirelles (União Brasil) e João Vicente Goulart (PCdoB)
247 - O ex-presidente Lula (PT) teve um encontro nesta segunda-feira (19) com ex-candidatos a presidente da República. Participaram Guilherme Boulos (Psol), Luciana Genro (Psol), Cristovam Buarque (Cidadania), Marina Silva (Rede), Geraldo Alckmin (PSB) - que é atualmente candidato a vice-presidente -, Fernando Haddad (PT), Henrique Meirelles (União Brasil) e João Vicente Goulart (PCdoB).
"Sempre tivemos algo em comum, que é a pedra basilar, que é o respeito à democracia e ao povo brasileiro. É o que nos une nesse momento singular e triste da história do Brasil, quando se questiona do processo democrático e se tem saudade da época da ditadura. É hora de reafirmarmos nossa convicção pela democracia. É momento de grande alegria reencontrar lideranças com espírito público, que pensam de forma diferente em muitos setores mas que estão comprometidas com a democracia brasileira. Violência, morte, negacionismo não é política, é antipolítica. Política é arte e ciência ao encontro do bem comum, e essa arte e ciência ao encontro do bem comum pressupõe o diálogo, a conversa, o entendimento para se poder avançar mais em benefício da população. Então é com grande alegria que vejo aqui lideranças, das mais expressivas, cada uma com grande representatividade em áreas também de grande significado da vida brasileira, presentes aqui para trazer o apoio à candidatura do presidente Lula, que neste momento representa uma grande esperança para o povo brasileiro", declarou Alckmin.
Boulos
"Estamos aqui hoje justamente para dizer que essas diferenças, por mais expressivas que sejam, são menores nesse momento histórico do que aquilo que nos une para preservar a democracia brasileira. (...) A eleição presidente Lula é essencial para a democracia brasileira
Luciana Genro
"Nós compomos aqui uma frente antifascista. Essa é a melhor definição para o que nós estamos fazendo aqui hoje. (...) Nós nos unimos aqui hoje em torno de ti, meu prezado Lula, do teu nome, da tua força política, da tua liderança política enquanto uma referência de massas para o povo brasileiro, porque nós temos a convicção de que a tua eleição vai nos possibilitar respirar novamente para poder lutar por uma verdadeira democracia".
Cristovam Buarque
"O Lula é o melhor que nós temos hoje para presidir o Brasil, é o que tem mais condições de trazer coesão e rumo para o Brasil. Coesão que nunca tivemos muito, por razões sociais, e perdemos o pouco que tínhamos por causa do governo atual. E rumo porque ele já demonstrou que é capaz de trazer empatia, compromisso social e presença internacional. O Lula é o melhor que nós temos hoje. Precisamos barrar o risco, a tragédia, o assombro da reeleição do atual presidente. E Lula, além de ser o melhor, é o que tem mais condições de barrar essa tragédia brasileira. Será uma tragédia termos um segundo turno. Eu não tenho dúvida de que ele [Lula] ganhará no segundo turno, se houver. Mas serão quatro semanas imprevisíveis do ponto de vista de violência nas ruas e fake news para todos os lados. (...) É democrático dois turnos, é democrático o voto no primeiro turno por quem está mais próximo e no segundo por quem está menos distante, mas não é responsável hoje irmos para o segundo turno".
Marina Silva
"Essa reconciliação do Brasil consigo mesmo hoje o senhor [Lula] é o que reúne as melhores condições para nos ajudar a realizar, e sobretudo para ajudar o povo a realizá-la. Existem momentos na história em que a gente percebe que tem algo muito forte em jogo, que é a 'banalização do mal', como disse Hannah Arendt. E o que é banalizar o mal? É achar que destruir o meio ambiente é algo que é em benefício do desenvolvimento, e nós sabemos que não é. Que destruir a educação é algo que se faz em nomes de ideologias esdrúxulas, que são o tempo todo apresentadas para colocar pessoas incompetentes no MEC. A banalização do mal é quando existem pessoas que diante da morte, que nós sabemos que é um dos momentos mais difíceis da vida de uma família e de amigos, e a gente vê alguém tripudiando da dor, do sofrimento, do choro daqueles que estão enlutados. Diante dessas circunstâncias, temos que ser uma superfície de sustentação para que o povo brasileiro derrote o Bolsonaro".
João Vicente Goulart
"Essas tragédias nacionais acontecem em nosso país e delas temos que extrair todo nosso conhecimento para impedir que isso volte a acontecer. Todos aqueles que lutaram pela democracia e que tombaram no caminho da restauração democrática em nosso país, todos aqueles que de certa forma estiveram presentes junto às reivindicações do nosso povo, estão hoje depositando as esperanças na sua condução. Sabemos que será difícil enfrentarmos todo o desastre provocado por esse último governo, sabemos que a luta será difícil e a união se faz necessária, e se faz necessária porque o Brasil está na frente de todos nós, está na frente de nossas divergências. Presidente Lula, hoje o Brasil precisa de sua condução".
Henrique Meirelles
"Sempre me baseei em fatos. Acho opiniões muito importantes, a política é fundamental, porque a define a vida de todos nós, mas quero aqui me ater a fatos específicos. Quando trabalhamos juntos no governo, nesse período mais de 10 milhões de empregos foram criados no Brasil. É um fato. Cerca de 40 milhões de brasileiros saíram da pobreza. Tivemos um crescimento médio de 4% durante esse período; vamos comparar com o crescimento agora. Está havendo uma injeção eleitoreira de dinheiro da Economia, que vai criar um problema grande para ser resolvido. Será resolvido, mas é uma coisa que vai dar trabalho. E tudo isso faz com que a previsão de crescimento do Brasil seja 2% esse ano e 0,5% no ano que vem. Durante aquele período, além de um crescimento forte, inflação na meta. No período em que a meta de inflação foi de 4,5%, de 2005 até 2010, a inflação média foi de 4,5%. Isso é impressionante. Olhando agora para o setor externo, naquela época tínhamos a dívida com o FMI, chegamos a dever US$ 30 bilhões. Pois bem, as reservas internacionais encontramos em US$ 37 bilhões, que depois foram caindo porque fomos pagando compromissos ehcgeou a US$ 15 bilhões. Eu tive a satisfação como presidente do Banco Central de assinar o cheque pagando e dando adeus ao FMI porque o Brasil decretou sua independência financeira. Nós deixamos na sua gestao quase US$ 300 bilhões de reservas internacionais. Isso deu condições ao país de enfrentar muitas situações difíceis. Nós enfrentamos com sucesso a crise de 2008, o Brasil teve a menor e mais curta recessão no mundo. Portanto, esse é um resumo dos fatos. Isso é, na minha opinião, o que interessa: emprego, renda, padrão de vida da população e mostrar quem faz, quem realiza. Eu acredito em fatos, presidente. Eu olho e vejo o resultado do seu governo, e isso nos faz estar aqui. Portanto, vamos em frente, estou aqui com tranquilidade, com confiança porque eu sei o que funciona e o que pode funcionar no Brasil".
Fernando Haddad
"Estamos aqui para celebrar justamente a diversidade, nossas diferenças. Do lado oposto, o que existe é um autoritarismo que quer anular nossas diferenças, e não existe democracia quando uma força política que está com o poder quer anular as diferenças. A pergunta que nos fazem do porquê estamos juntos, é evidente a reposta: estamos juntos porque queremos preservar aquilo que nos é caro.
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