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    Miliciano infiltrado no Psol teria fornecido informações sobre Marielle Franco, afirma PF

    Laerte Silva de Dilma teria se filiado ao PSOL apenas 20 dias após o segundo turno das eleições de 2016, e atuava como elo direto entre os irmãos Brazão

    Caso Marielle: PF faz operação para cumprir mandados de busca e apreensão (Foto: Mídia NINJA)

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    247 - As investigações da Polícia Federal (PF) dão conta de que as informações cruciais sobre a atividade da parlamentar da vereadora Marielle Franco foram obtidas através de um miliciano infiltrado no Psol, onde Marielle era filiada.

    Laerte Silva de Dilma teria se filiado ao PSOL apenas 20 dias após o segundo turno das eleições de 2016 e, segundo as autoridades, atuava como elo direto entre o deputado federal Chiquinho Brazão (União-RJ) e Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado. Ambos foram presos preventivamente neste domingo (24),  sob suspeita de serem os mandantes do assassinato. 

    Ronnie Lessa, ex-policial militar preso e réu confesso pelo assassinao da vereadora, afirmou que a primeira reunião com os irmãos Brazão ocorreu por volta de setembro de 2017, quando foi decidida a execução de Marielle. A motivação do crime, segundo as investigações, seria o fato da vereadora representar um obstáculo aos interesses dos irmãos Brazão, informação fornecida por Laerte.

    A PF revela que Laerte foi preso durante a operação Intocáveis, que visava desarticular um grupo militar responsável por atividades criminosas em Rio das Pedras. Os três foram condenados por participação em uma organização criminosa atuante na Zona Oeste do Rio.

    O relatório final de investigação da PF, revela que a infiltração de Laerte no PSOL remonta a um período anterior ao interesse na morte de Marielle. O documento cita ainda que Laerte fornecia informações sobre outros políticos do Psol, indicando possíveis represálias dos irmãos Brazão.

    “Ademais, como visto em linhas recuadas, FININHO era o vínculo direto entre os BRAZÃO e a Comunidade de Rio das Pedras, área na qual a família era eleitoralmente soberana”, diz a PF, no relatório final de investigação. 

    “Traçou-se um paralelo sobre levantamentos de outros políticos do PSOL solicitados por MACALÉ antes do segundo semestre de 2017, atribuindo o interesse por tais consultas ao desdobramento de conversas que este mantinha com os BRAZÃO, possivelmente acerca de represálias. Contudo, à época, nada seguiu ou evoluiu para além das pesquisas”, completam os investigadores.

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