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    "Não quero que a inflação volte", diz Lula, ao falar sobre o futuro Banco Central

    Presidente também afirmou que não haverá "loucura" na condução da política monetária

    Lula em entrevista à Rádio T (Foto: RicardoStuckert/PR)

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    247 – Em entrevista concedida nesta quinta-feira (15), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) destacou que o Brasil enfrenta uma pressão significativa devido ao valor do dólar e à inflação americana. Segundo o presidente, a redução da taxa básica de juros no Brasil se tornaria mais viável caso os Estados Unidos optem por diminuir suas próprias taxas em setembro. "Estamos hoje um pouco pressionados pela inflação americana e pelo valor do dólar. Se os americanos começarem a baixar a taxa de juros deles agora em setembro, isso vai facilitar a redução da [taxa Selic] aqui no Brasil", explicou Lula.

    O presidente também fez referência à futura substituição de Roberto Campos Neto no comando do Banco Central, cuja posição deverá ser assumida pelo economista Gabriel Galípolo. "Estou trocando o presidente do BC, vou ter que indicar agora porque será substituído no fim do ano. As coisas vão mudando. Não pode fazer nenhuma loucura. Economia não tem loucura, tem bom senso. Se eu fizer uma loucura e perder o controle, a gente vai levar o povo ao desastre. Não quero que a inflação volte", alertou.

    O presidente classificou a discussão sobre a redução dos juros como uma "briga eterna" e destacou a importância da circulação de dinheiro na economia. "Baixar o juro é uma briga eterna nesse país. Mas, mesmo se o juro for zero, se o cara não tiver dinheiro, ele não vai consumir. O importante é a circulação do dinheiro", ressaltou.

    Além disso, Lula reconheceu que há divergências dentro de seu governo sobre a alocação de recursos, mas enfatizou a importância dos investimentos para o futuro do país. "Sempre provoco o pessoal a discutir o seguinte: custa fazer tal coisa? Vamos nos perguntar quanto custa não fazer? Quanto não custou ao Brasil não fazer as coisas na década de 50?", questionou o presidente, ressaltando a necessidade de uma visão estratégica para o desenvolvimento econômico.

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