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    Ala militar quer demissão de Onyx e Weintraub nos próximos dias

    A ala militar do governo Bolsonaro, com apoio de ministros de fora do Planalto, está articulando a demissão de Onyx Lorenzoni e de Abraham Weintraub. O desgaste de ambos teria chegado ao limite. Contra Onyx pesa ainda o fato de ter apresentado Weintraub a Bolsonaro

    Abraham Weintraub e Onyx Lorenzoni (Foto: Casa Civil)

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    247 - A ala militar do governo Bolsonaro, com apoio de ministros de fora do Planalto, está articulando a demissão do chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni e do ministro da Educação, Abraham Weintraub. O desgaste de ambos teria chegado ao limite. Contra Onyx pesa ainda o fato de ter apresentado Weintraub a Bolsonaro.

    Na avaliação de seus aliados, Lorenzoni deveria deixar o governo e voltar para a Câmara dos Deputados. O ministro está em férias e retorna a Brasília na segunda-feira (3). Segundo o blog do Valdo Cruz, o ministro perdeu "praticamente qualquer poder à frente da Casa Civil e já vinha sendo bombardeado por outros ministros".

    Dois dos principais auxiliares de Lorenzoni foram demitidos durante a sua ausência: Vicente Santini, que fez "voo particular" com avião da Força Aérea Brasileira (FAB), e Fernando Moura, que ficou apenas um dia como interino. 

    De acordo com informações do jornal O Estado de S.Paulo, uma saída estudada seria transferir Onyx para um ministério da área social, retirando ele do Palácio do Planalto, onde despacha o chefe da Casa Civil e Bolsonaro.  

    O chefe da Casa Civil coordenou a transição do governo no final de 2018. Depois, na Casa Civil, acumulava a articulação política e a Subchefia de Assuntos Jurídicos (SAJ), mas, no ano passado, Bolsonaro tirou a articulação de Onyx, que passou para a Secretaria de Governo, sob o comando de Luiz Eduardo Ramos. 

    O ministro também teria a função de coordenar a atuação de todas as pastas da Esplanada dos Ministérios, mas há reclamações nos bastidores. Um sinal de que Bolsonaro não está satisfeito com o trabalho foi ele mesmo ter passado a coordenação do Conselho da Amazônia, anunciado no início deste ano, para o vice-presidente, Hamilton Mourão.

    E, nesta quinta, ele perdeu também PPI, o plano de concessões e privatizações, para o Ministério da Economia. 

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