Pacheco diz que aprovação do marco temporal pelo Senado não foi revanche contra o STF
“Sempre defendi a autonomia dos Poderes e o valor da nossa Suprema Corte”, disse ele
247 – Após a aprovação do projeto de lei do marco temporal no Senado, o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, esclareceu a relação entre o Senado e o Supremo Tribunal Federal (STF). Ele negou veementemente a existência de qualquer intenção de revanche por parte do Senado em relação à decisão recente do STF. Pacheco reiterou seu compromisso com a autonomia dos Poderes e destacou a importância de que todos os Poderes respeitem seus limites. “Sempre defendi a autonomia dos Poderes e sempre defendi a importância da autonomia no Poder Judiciário brasileiro e o valor da nossa Suprema Corte”, declarou o senador, segundo reportagem do Poder 360.
Em um gesto de reconhecimento, o presidente do Senado prestou homenagem à presidente do STF, ministra Rosa Weber, que se aposentará nos próximos dias. Isso ocorreu logo após a aprovação do projeto de lei 2.903/2023, que estabelece a tese do marco temporal para a demarcação de terras indígenas. Essa tese estabelece que apenas as áreas ocupadas ou em disputa até a data da promulgação da Constituição Federal, em 5 de outubro de 1988, são elegíveis para demarcação.
Entretanto, a aprovação dessa tese no Senado entra em conflito com a decisão do STF, que a rejeitou por uma maioria de 9 votos contra 2. Essa divergência entre os Poderes aumentou a tensão entre o Legislativo e o Judiciário, já abalada por outros julgamentos polêmicos do Supremo. Os congressistas, insatisfeitos com algumas decisões do STF, estão tomando medidas para responder a essas questões, incluindo a apresentação de propostas de emenda à Constituição em busca de uma solução para os impasses.
Em meio a essas diferenças entre os Poderes, Rodrigo Pacheco enfatizou a necessidade de um diálogo respeitoso e construtivo entre o Congresso e o Supremo, rejeitando qualquer insinuação de retaliação por parte do Senado em relação ao STF.
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