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    Pacheco pautou marco temporal para agradar bolsonaristas e ruralistas e colher dividendos políticos, avalia STF

    Para ministros do Supremo e parlamentares, afrontar o Judiciário não foi o principal objetivo do presidente do Senado ao levar adiante a votação do marco temporal

    Rodrigo Pacheco (Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF)

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    poder247 - Parlamentares e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) avaliam que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), não quis prioritariamente afrontar a Corte ao pautar no plenário o projeto de lei do marco temporal para terras indígenas. O objetivo teria sido obter ganhos políticos com a decisão. >>> Pacheco diz que aprovação do marco temporal pelo Senado não foi revanche contra o STF 

    "A avaliação é de que Pacheco quis contemplar integrantes da bancada ruralista e parlamentares bolsonaristas. Mais, até, do que estabelecer um clima de guerra com o STF – apesar de o tom de reação e insatisfação ter ficado claro”, destaca a jornalista e apresentadora da GloboNews Camila Bonfim em sua coluna no G1. Isso se deve, em parte, ao fato de que a proposta tem potencial para ser judicializada, o que poderia suspender a entrada em vigor das novas regras, mantendo, assim, a decisão do STF em vigor. >>> Líder do governo no Congresso, Randolfe diz que pedirá a Lula veto ao marco temporal

    Ao atender a esses grupos, a ação de Pacheco é vista como um gesto de defesa institucional. Acredita-se que o Senado ainda poderá realizar outras modificações no projeto no futuro, que não estão contempladas na versão aprovada recentemente, devido à sua composição política favorável. >>> Marco Temporal: Supremo decide que ocupante de boa-fé deverá ser indenizado

    Ainda segundo a reportagem, os senadores avaliam que a Câmara dos Deputados, sob a liderança do presidente Arthur Lira (PP-AL), costuma pressionar e tentar tirar o protagonismo do Senado, enviando propostas com prazos curtos de análise em questões mais amplas. Ao pautar a votação do marco temporal, Pacheco estaria buscando retomar o protagonismo da Casa. >>> Na contramão do STF, Senado aprova marco temporal para demarcação de terras indígenas

    “Parlamentares avaliam que essa nova postura de Pacheco começou já no debate sobre as drogas, no início do mês. O presidente do Senado criticou o julgamento do STF sobre a descriminalização do porte de maconha e chegou a apresentar um projeto em sentido contrário”, diz a reportagem. Na ocasião, o presidente do Senado manifestou preocupação com o que chamou de "invasão de competência" pelo Judiciário e defendeu o papel do Congresso na discussão. >>> Pacheco apresenta proposta que proíbe porte de qualquer tipo de droga
     

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