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    "Precisamos derrotar o bolsonarismo. Todo arranjo deve partir desta premissa", diz Fernando Haddad

    “O Brasil não sobreviverá com mais quatro anos de Bolsonaro, nem a soberania, nem o patrimônio público e nem os direitos sociais e civis”, comentou o ex-ministro Fernando Haddad (PT)

    Fernando Haddad e Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução/Facebook | REUTERS/Adriano Machado)

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    247 - O ex-ministro Fernando Haddad (PT) disse, em entrevista à TV 247, que todo arranjo político para as eleições de 2022 deve partir da premissa de derrotar o bolsonarismo. “Primeira coisa sobre a qual nós devemos ter clareza: temos que derrotar o bolsonarismo. Começa tudo com isso. Todo arranjo deve partir desta premissa”.

    “O Brasil não sobreviverá com mais quatro anos de Jair Bolsonaro, nem a democracia, nem a soberania, nem o patrimônio público e nem os direitos sociais e civis. Estamos falando de uma coisa muito séria. Um projeto que já é autoritário e ainda vai ser reeleito… não sei o que vai acontecer com o país”, destacou.

    Comentando sobre possíveis alianças do PT, Haddad afirmou que “no alto das nossas prioridades, isolado, tem que estar o projeto de derrotar o bolsonarismo. Na minha opinião, antes de pensar nesses nomes, nós temos que pensar que hoje o acordo PT com PSB e PCdoB, que conseguiu aprovar federação de partidos, devemos constelar partidos, como Rede e PV, para uma chapa vitoriosa no plano nacional. Vice é uma coisa pessoal do presidente da República”.

    “Vamos começar a falar do que interessa: derrotar o bolsonarismo e criar uma constelação de partidos que podem estar juntos no primeiro turno”, disse.

    Bolsonaro pode causar crise pior do que Trump

    Haddad ainda disse que caso Jair Bolsonaro perca em 2022, o Brasil deve viver uma situação institucional pior do que nos Estados Unidos quando Donald Trump perdeu as eleições. Trump mobilizou seus apoiadores para questionar a legitimidade das eleições e ativistas da extrema direita invadiram o Capitólio (Parlamento norte-americano).

    De acordo com o ex-prefeito de São Paulo, a situação no Brasil deve ser pior, porque “as nossas instituições são mais frágeis do que as instituições norte-americanas”. Além disso, ele acrescentou que Bolsonaro “é uma pessoa muito mais tosca [do que Trump], ele tem gente mais perigosa do lado dele”. “O crime organizado é vizinho de casa do bolsonarismo… Do Bolsonaro, para ser bem honesto”, disse.

    “Ele vai questionar o resultado eleitoral qualquer que seja. Se ele ganhar no segundo turno, vai alegar fraude, falando que deveria ter ganho no primeiro. Se ele perder, então… Ele é um psicopata, como todo neonazista. Isto está registrado na literatura médica [que todo neonazista tem traços de psicopatia], não é xingamento. São pessoas desequilibradas, não vai medir esforços”, destacou.

    Bolsonaro "não está nem aí para o que ele vai ter que responder depois, ele não faz a conta das consequências dos seus atos”, destacou Haddad, ressaltando o genocídio causado por ele na pandemia do novo coronavírus. “Ele não tem preocupação nenhuma”, reforçou. “Vamos ter muitos problemas, por isso temos que saber dos nossos direitos cívicos. Ano que vem vai ser um ano difícil”, disse.

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