"Prisão já", diz Gleisi para os golpistas que estão em campanha
Presidente do PT defendeu punição exemplar para os envolvidos nos atos terroristas de 8 de janeiro
247 – A presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), usou suas redes sociais neste sábado (14) para criticar a participação de foragidos dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 nas campanhas eleitorais para as eleições municipais de 2024. Em postagem no Bluesky, Gleisi fez um apelo contundente por punições rápidas e severas: "Pelo menos três foragidos do 8/1 fazem campanha para vereador, em SC, SP e PR, vangloriando-se dos atentados golpistas. É para esses criminosos que a turma do Bolsonaro quer anistia, chantageando na Câmara e paralisando a pauta do Congresso. Denúncia da mídia não pode ficar sem resposta. Prisão já!".
O comentário de Gleisi faz referência a candidatos que estão sob investigação por participação nos ataques às sedes dos Três Poderes, em Brasília, em janeiro de 2023. Entre eles, está Marcos Geleia Patriota (Novo), que foi preso neste sábado em Cascavel (PR). O candidato a vereador pela cidade de Céu Azul (PR) é acusado de envolvimento em associação criminosa relacionada aos atos terroristas.
A prisão de Patriota faz parte de um conjunto de medidas adotadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que expediu mandados contra outros dois candidatos: Pastor Dirlei Paiz (PL), que concorre à Câmara Municipal de Blumenau (SC), e Locutor Henrique Pimenta (PRTB), candidato em Olímpia (SP). Ambos são alvos de ordens de prisão emitidas pelo ministro Alexandre de Moraes.
Gleisi destacou que esses candidatos, que teriam participado diretamente dos ataques de 8 de janeiro, estão se beneficiando de brechas na legislação eleitoral, que permite que pessoas com mandado de prisão preventiva concorram a cargos públicos, desde que não tenham sido condenadas por sentença judicial ou decisão colegiada de juízes.
A reação de Hoffmann reforça a pressão sobre o Congresso e o STF para que tomem providências mais rigorosas contra os envolvidos nos atos terroristas. Ela também sinaliza que o PT não cederá à pressão de setores bolsonaristas que buscam anistia para os responsáveis pelos ataques. Com a prisão de Marcos Patriota, o foco agora recai sobre as autoridades judiciais para a resolução dos demais casos pendentes, mantendo a expectativa de novas prisões nos próximos dias.
A movimentação em torno dos candidatos ligados aos atos golpistas reacende o debate sobre a integridade do processo eleitoral e a capacidade das instituições democráticas de garantir que indivíduos envolvidos em ações antidemocráticas sejam devidamente responsabilizados.
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