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    'Que cada um tome seu rumo', diz Caiado sobre rompimento com Bolsonaro

    "Meu foco é claro: eu sou candidato a presidente da República. Eu vou trabalhar pra isso, e cada um que tome seu rumo", disse o governador de Goiás

    Jair Bolsonaro (mais destaque) e Ronaldo Caiado (Foto: Divulgação I Agência Brasil)

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    247 - O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), ainda não engoliu a intromissão de Jair Bolsonaro (PL) na eleição em Goiânia (GO), onde o ex-mandatário fez campanha para o adversário, Fred Rodrigues (PL), destaca a jornalista Malu Gaspar em sua coluna no jornal O Globo. “Não procurei, nem fui procurado. Não vou desviar meu foco de 2026, e meu foco é claro: eu sou candidato a presidente da República. Eu vou trabalhar pra isso, e cada um que tome seu rumo”, disse Caiado quando perguntado se, passada a eleição, ele consideraria fazer as pazes com Bolsonaro.

    O empenho de Bolsonaro na campanha foi tão grande que ele chegou a acompanhar a votação junto com Rodrigues, e ao longo do período eleiotral só chamou o candidato de Caiado, Sandro Mabel, de “rosquinha”, além de acusar o governador de se aliar ao PT. Caiado entrou na briga com todo o seu capital político e conseguiu eleger Mabel para a prefeitura no segundo turno com 55,53% dos votos válidos, contra 44,47% de Rodrigues. Seu partido, o União Brasil, elegeu 93 dos 246 prefeitos do estado. O PL de Bolsonaro, 25 prefeitos.

    Apesar da vitória, o governador admite que o processo eleitoral em Goiás deixou mágoas que ele ainda não superou. “Todos nós temos mágoa. Quer dizer que eu não tenho sentimentos? Tenho! Por que motivo foi fazer isso lá em Goiás? Quer dizer que se eu fosse lá no Rio de Janeiro apoiar o Eduardo Paes eu estaria tendo um comportamento correto? Não!”, disse. Ainda segundo ele, Bolsonaro foi desrespeitoso sem motivo. “Pelo amor de Deus, eu fui vítima”, desabafa.

    Caiado contou, ainda que, antes do início da campanha, procurou Bolsonaro para buscar um “ entendimento” em torno da distribuição de seus candidatos competitivos nas cidades mais importantes, de modo que não precisassem disputar.“Fui até Brasília encontrar com ele, estive com ele na Paulista em fevereiro, sempre fomos aliados. E de repente ele alega que não concordou comigo na pandemia de Covid. Lembrou disso agora?”, disparou.

    O plano de Caiado para o futuro envolve viagens pelo país em busca de apoio para sua candidatura à presidência pelo União Brasil, representando a direita no cenário político. A intenção é clara: deixar a discussão sobre Bolsonaro para trás. “Para essas coisas tem que dar tempo ao tempo”, concluiu. 

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