Segurança do STF relata ação do autor das explosões na Praça dos Três Poderes: "Deitou no chão e esperou a explosão"

247 - Em depoimento à polícia, um segurança do Supremo Tribunal Federal (STF) descreveu a ação de Francisco Wanderley Luiz, autor das explosões ocorridas na Praça dos Três Poderes, em Brasília. Segundo informações divulgadas pelo portal UOL, o segurança detalhou o comportamento suspeito do homem, que se aproximou da estátua da Justiça, deitou-se no chão e esperou a explosão de um dos artefatos. O depoimento reforça a hipótese de que Luiz teria planejado cuidadosamente o ato e o executado sem causar danos diretos à estrutura do STF, mas deixando a área em alerta máximo.

De acordo com o boletim de ocorrência ao qual o UOL teve acesso, o segurança relatou que Luiz portava uma mochila e um extintor, e exibia uma postura tensa, o que imediatamente chamou sua atenção. "Ele deitou no chão e esperou uma das explosões ocorrer", contou o segurança às autoridades, evidenciando que Luiz estaria ciente do risco iminente da explosão. Apesar de o homem carregar itens potencialmente perigosos, o segurança afirmou que o abordou de maneira cautelosa, mas foi advertido pelo próprio Luiz a se manter afastado, obrigando-o a pedir reforços.

Em sua descrição, o segurança mencionou ainda ter avistado um objeto semelhante a um relógio digital, o que aumentou sua suspeita de que pudesse se tratar de um dispositivo explosivo. Em um momento de hesitação, Luiz teria manipulado os objetos, tirado o extintor das costas, mas logo desistido de usá-lo e o colocado no chão.

O depoimento aponta também que Luiz teria lançado três explosivos durante a ação, embora a distância entre ele e o prédio do STF tenha sido suficiente para impedir que os artefatos causassem danos à sede do Supremo. Ainda assim, a detonação de um carro no estacionamento da Câmara dos Deputados, a cerca de 500 metros do local, intensificou o temor e a sensação de insegurança nas imediações da Praça dos Três Poderes.

As circunstâncias da ocorrência ainda estão sendo apuradas pela polícia, que trabalha para entender a motivação de Luiz e se houve algum envolvimento de outras pessoas na ação. Em depoimento, o segurança frisou a necessidade de reagir rapidamente à situação para minimizar os riscos, destacando que "acionou reforço imediato" ao perceber o comportamento suspeito do homem e a presença de objetos potencialmente explosivos.

A investigação segue em andamento, enquanto medidas de segurança adicionais são discutidas para reforçar a proteção das instalações do STF e demais prédios do complexo.