Serrano discorda de Moraes e vê intenção de asilo na ida de Bolsonaro a embaixada
Segundo o ministro do STF, não há indícios de que o político da extrema-direita buscou apenas um asilo diplomático
247 - “No sentido estrito o Ministro tem razão, embaixadas não são extensões territoriais, em geral a referência a embaixada como território é uma simplificação para facilitar a compreensão. Embaixadas em verdade gozam de imunidade por conta de tratados internacionais. Mas francamente não tive essa impressão dos fatos, Bolsonaro dormir na embaixada em período de carnaval fez parecer que pretendia um asilo no caso de uma ordem de prisão, uma cautela e não que a ida a embaixada já fosse uma fuga, mas a intenção do asilo, se necessário, foi a impressão que tive. Contudo, se houve algum erro, melhor errar para soltar que para prender, mais adequado, nesse caso, mais cuidado com os direitos e o devido processo que qualquer risco de abuso”, expôs o jurista Pedro Serrano em suas redes sociais ao comentar sobre a decisão do ministro do STF Alexandre de Moraes que arquivou a ação sobre ida de Bolsonaro a embaixada da Hungria no período do carnaval, logo após ter seu passaporte apreendido pela PF.
Moraes afirmou que não existem elementos concretos de que Jair Bolsonaro (PL) buscava asilo diplomático quando se hospedou por duas noites na embaixada da Hungria, em Brasília (DF).
"Não há elementos concretos que indiquem – efetivamente – que o investigado pretendia a obtenção de asilo diplomático para evadir-se do país e, consequentemente, prejudicar a investigação criminal em andamento", escreveu o ministro, de acordo com o portal G1.
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