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    Toffoli anula provas contra Tacla Duran, que deve voltar ao Brasil e expor extorsão de Moro e Dallagnol

    Ministro do STF afirma em sua decisão que as provas contra Tacla Duran são 'imprestáveis'. Advogado diz que foi extorquido no âmbito da Operação Lava Jato

    Tacla Duran (Foto: Reprodução)

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    247 - O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), anulou nesta quinta-feira (15) todas as provas das ações penais contra o advogado Rodrigo Tacla Duran que tramitavam na 13ª Vara Federal de Curitiba, informa a colunista Monica Bergamo, da Folha de S. Paulo. Essa decisão abre o caminho para o fechamento dos processos contra ele. Como resultado, o advogado poderá ser liberado dos processos equivalentes que enfrentará na Espanha e poderá retornar ao Brasil.

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    De acordo com Toffoli, as ações contra Tacla Duran utilizaram provas do acordo de leniência da Odebrecht que já haviam sido consideradas inúteis pelo STF. Em sua decisão, o ministro da Suprema Corte afirma que "a inutilidade, no que diz respeito ao requerente, dos elementos de prova obtidos a partir dos sistemas Drousys e MyWebDay B [de contabilidade paralela] utilizados no acordo de leniência celebrado pela Odebrecht".

    As ações contra Tacla Duran já haviam sido suspensas em março pelo então ministro Ricardo Lewandowski, que também argumentou que o próprio STF, em um julgamento da 2ª Turma, havia considerado como provas provenientes da delação da Odebrecht "irremediavelmente comprometidas" devido a "falhas irreparáveis ". Houve até as mesmas adulterações em cópias de dados extraídos dos sistemas da empreiteira, o que evoluiu no fechamento de processos envolvendo o ex-presidente Lula e outros réus.

    Leia também matéria do Conjur sobre Rodrigo Tacla Duran:

    Em diálogos, procuradores falaram em 'ferrar Tacla Duran' e 'fechar" Odebrecht

    Conversas entre procuradores da extinta "lava jato" mostram que o consórcio desejava "ferrar" com o advogado Tacla Duran, pivô de acusações contra Deltan Dallagnol e o ex-juiz Sergio Moro. Os integrantes do MPF (Ministério Público Federal) de Curitiba também falam em fechar a construtora Odebrecht.

     O diálogo é de 17 de junho de 2016 e faz parte do acervo apreendido pela Polícia Federal durante a operação "spoofing". Nele, o procurador Orlando Martello sugere a leitura de um depoimento para quem quiser "ferrar Tacla Duran", conseguir a prisão perpétua de Marcelo Odebrecht ou fechar a multinacional. 

     "Pessoal, depoimento longo, mas sugiro a sua leitura para quem estiver negociando no caso da ODE, bem como para quem quiser ferrar TACLA DURAN, para quem quiser fechar a ODE, para quem quiser prisão perpétua para MO [Marcelo Odebrecht]", disse. 

     O ex-procurador Diogo Castor, demitido em outubro de 2021 por encomendar um outdoor lavajatista instalado em Curitiba, comentou que queria "prender" o advogado. "Eu quero prender o tacla. recomendado tb [também]?", afirmou. 

     Roberson Pozzobon disse para o colega se acalmar, porque o pedido de prisão de Tacla estava pronto, mas que a "lava jato" aguardaria a "posição dos americanos" antes de tomar os próximos passos contra o advogado. Durante a operação, procuradores atuaram de forma clandestina junto aos Estados Unidos. 

     "Te acalme Castor. Pedido tá pronto, mas vamos aguardar a posição dos americanos pos reunião da próxima segunda pra protocolar. Eu sei que a vontade, sua, minha, de todos nós é GRANDE", disse Pozzobon. 

     Os procuradores Athayde Ribeiro Costa e Laura Tessler também se juntaram ao grupo. "Aquele BAFO DE ONÇA vai gerar rebeliao na carceragem. Ninguem aguenta", disse Athayde sobre Tacla Duran. "Bom prender logo", complementa Tessler.

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