"Venham para a posse. Quem perdeu fica quieto e quem ganhou faz uma grande festa popular", diz Lula
Presidente diplomado minimizou às ameaças ao evento e prometeu que bolsonaristas não conseguirão causar confusão:
247 - O presidente diplomado, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), anunciou nesta quinta-feira (29) os nomes que faltavam para completar a lista de ministros de seu futuro governo.
Ao final do pronunciamento, ele voltou a incentivar que a população brasileira compareça a Brasília no domingo (1) para o ato de sua posse na Presidência da República. Ele amenizou as ameaças à segurança do evento e mandou um recado aos bolsonaristas inconformados com a derrota nas urnas. "Todo mundo está convidado para o ato da posse. Por favor, no domingo, esteja aí porque não vai ter 'barulho'. Não fique preocupado com 'barulho'. Quem perdeu as eleições fique quietinho e quem ganhou tem o direito de fazer uma grande festa popular aqui em Brasília".
Aos ministros indicados, Lula afirmou: "quero que vocês façam parte da história política desse país, de um momento em que nós tivemos a coragem de assumir o Brasil em uma situação extremamente delicada. Um Brasil que foi destruído em muitas das coisas que nós fizemos. Quase tudo na área social foi desmontado e nós vamos ter que remontar tudo outra vez, mas com muito mais competência, muito mais vontade, muito mais disposição, porque foi para isso que eu me candidatei outra vez".
>>> Lula anuncia líderes do governo no Senado, Câmara e Congresso
Ele pediu que os futuros ministros sejam "democratas" na montagem de suas equipes e destacou o número de mulheres e a presença de uma indígena em sua Esplanada. "Estou feliz porque nunca antes teve tantas mulheres ministras e nunca nós tivemos uma indígena ministra dos Povos Indígenas". Ela ainda prometeu que o presidente da Funai (Fundação Nacional do Índio) será também indígena e que a presidência do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal será ocupada por mulheres.
O presidente diplomado também falou sobre como serão seus primeiros dias de governo: "eu pretendo logo depois de uns dois ou três dias fazer uma reunião com todos os ministros para dizer para eles o que eu quero que aconteça nesse país e pretendo fazer logo em seguida uma reunião com os governadores, que é uma promessa minha de campanha, para fazer o levantamento dos três principais projetos de infraestrutura - seja na área da educação ou se saúde - com cada estado para que a gente possa compartilhar com os governadores a construção e o financiamento, porque dinheiro no orçamento a gente tem muito pouco, mas mesmo assim sempre aparece um pouco de dinheiro. E se a Receita [Federal] trabalhar muito ela tem sempre possibilidade de arrecadar um pouco mais".
Lula ainda registrou um agradecimento aos líderes partidários que trabalharam pela aprovação da PEC da Transição no Congresso, que ampliou o espaço no teto de gastos. Ele criticou Jair Bolsonaro (PL) e reiterou a promessa de reduzir o preço dos combustíveis no país. "Quero agradecer aos líderes dos partidos que trabalharam para que tiveram a proeza de se juntar para aprovar uma PEC que foi lembrada como a PEC do governo Lula, quando na verdade a PEC era para cobrir a irresponsabilidade do governo que está saindo, que prometeu coisas e não cumpriu. Como hoje ele continua mandando Medida Provisória, não teve coragem e mandou uma Medida Provisória agora acabando com a desoneração do óleo diesel, da gasolina e do gás. Exatamente faltando dois dias para ir embora ele faz essa medida, quem sabe na perspectiva de achar que o povo vai colocar na nossas costas isso. Vocês estão lembrados que eu dizia: para reduzir preço da gasolina, do óleo [diesel] e do gás a gente não precisava mexer com o ICMS. Bastava que a mesma mão que assinou o aumento assinasse a diminuição. Isso vai acontecer a partir do momento que a gente montar também a diretoria da Petrobrás, porque leva um tempo, tem toda uma legislação que rege as empresas estatais e nós vamos fazer".
Por fim, Lula comparou a montagem do Ministério à escalação da seleção brasileira de futebol e disse saber que "nem todo mundo gostou" de suas indicações. "Quando a gente monta um Ministério é que nem um técnico da seleção [de futebol]. Certamente nem todo mundo gostou. Vocês viram que a escolha que o Tite fez foi uma escolha que foi unânime na imprensa esportiva brasileira, não houve um único senão da imprensa especializada em esporte. Todo mundo tinha dito que o Tite tinha escolhido a seleção perfeita. Aqueles que faziam crítica faziam ao lateral direito Daniel Alves, porque tinha 39 anos e estava sem jogar. Então a sociedade brasileira, encantada com a inteligência dos analistas esportivos, achava que a gente ia ganhar a Copa do Mundo. Deu no que deu. O Messi com 35 anos ganha o título de melhor jogador da Copa e certamente vai repetir o título de melhor do mundo. E eu quero que vocês [ministros] ganhem essa Copa e quero que a gente receba o título de melhor governo do mundo".
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:
iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista: