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"Vou me guiar exclusivamente pela Constituição, sem subordinação a quem quer que seja", afirma Zanin

"Na minha visão, e acredito que seja a visão também do presidente, um ministro só pode estar subordinado à Constituição", declarou Zanin, que ainda garantiu que será imparcial

Cristiano Zanin Martins e Lula (Foto: Filipe Araújo | Ricardo Stuckert)

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247 - Indicado pelo presidente Lula (PT) para ocupar uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF), o advogado Cristiano Zanin participa nesta quarta-feira (21) de uma sabatina na Comissão de Constituição e Justiça do Senado Federal.

Questionado pelo relator de sua indicação, o senador Veneziano Vital do Rêgo, sobre sua relação com o presidente Lula (PT) - de quem foi advogado por anos - e acerca de eventuais impedimentos em processos envolvendo o mandatário, Zanin garantiu que, uma vez nomeado ministro do STF, seu único compromisso será com a Constituição. "Fiquei muito honrado com a indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ao longo dos últimos anos, tive a oportunidade de conviver com o presidente Lula, de compreender a sua visão sobre os papéis institucionais da República, inclusive sua visão sobre o papel do magistrado. Eu estabeleci com ele, evidentemente, uma relação e ele pôde ver meu trabalho jurídico ao longo dos últimos anos. Eu participei intensamente da sua defesa técnica, eu fui até o fim e tive reconhecida a anulação dos seus processos e a absolvição em outros. Então acredito que eu estou aqui hoje indicado pelo presidente Lula pelo fato dele ele ter conhecido meu trabalho, minha carreira na advocacia e por ter a certeza de que eu, uma vez nomeado e aprovado por esta Casa, vou me guiar exclusivamente pela Constituição e pelas leis, sem qualquer tipo de subordinação a quem quer que seja. Na minha visão, e acredito que seja a visão também do presidente da República que me indicou, um ministro do Supremo Tribunal Federal só pode estar subordinado à Constituição".

Em um recado velado ao ex-juiz parcial e hoje senador Sergio Moro (União Brasil-PR), Zanin ainda garantiu que agirá com parcialidade enquanto ministro do Supremo. "Me sinto absolutamente na condição de exercer esse honroso cargo, de atuar com imparcialidade. Aliás, uma das marcas da minha atuação jurídica foi exatamente a busca da imparcialidade nos julgamentos em que participei. A questão da imparcialidade, para mim, é fundamental e é um elemento estruturante da própria Justiça. Então uma vez tenho meu nome acolhido por este Senado, irei cumprir a Constituição e as leis, irei julgar de forma imparcial, como sempre defendi na minha carreira como advogado, e observarei todos os impedimentos que estão previstos na legislação que foi aprovada por este Congresso Nacional, inclusive modificada recentemente para incluir outras hipóteses”.

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