'A Alemanha é uma potência graças a Hitler. Admiro ele. Foi um cara inteligente', diz secretário de segurança
"Eu queria ser um terço daquele líder”, afirmou Anderson Gonzaga da Silva Assis
247 - O secretário especial de segurança e defesa social de Campo Grande (MS), Anderson Gonzaga da Silva Assis, elogiou o ex-ditador Adolf Hitler (1889-1945), que liderou o nazismo na Alemanha nos anos 30 e 40 do século 20. Uma das consequências foi o extermínio de 6 milhões de judeus, um dos maiores genocídio da história global, também conhecido como Holocausto.
"A Alemanha é a potência que é hoje graças ao Hitler. Estrategista, um cara inteligente, foi ditador, sim [...] conquistou o que conquistou graças às estratégias e inteligência dele […] Eu queria ser um terço daquele líder”, disse Anderson. “Infelizmente quando mexe com pessoas, seres humanos, cada um pensa de um jeito [...] Eu tenho a minha consciência, fizeram até videozinho meu aí na internet chamando de Hitler. Eu até admiro Hitler, porque foi um cara inteligente".
Na Lei 7.716/1989 afirma que praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional é crime no Brasil. A punição é de 1 a 3 anos de prisão e multa. A pena vai de 2 a 5 anos e multa se o crime foi cometido em publicações ou meios de comunicação social. Também é ilegal fabricar, vender, distribuir ou veicular símbolos que utilizem a cruz suástica ou gamada, para a divulgação do nazismo. A reclusão é de 2 a 5 anos e multa.
De acordo com o Portal G1, a gravação com o prefeito aconteceu no começo do ano, em uma reunião do secretário, que também seria membro da Guarda Civil Municipal GCM. Guardas protestavam por melhorias salariais.
Segundo a prefeitura da capital sul-mato-grossense, o áudio tem recortes de fala. "A fala foi retirada de contexto. Foi um momento isolado em que eu tentava justificar uma situação pessoal e, por um erro de comunicação, acabei sendo mal interpretado por alguns", disse.
“É importante esclarecer que o tema surgiu durante uma fala na qual eu me defendia sobre uma montagem maldosa de um vídeo no qual eu era comparado a Hitler. Em nenhum momento minha intenção foi minimizar as atrocidades cometidas por Hitler e seu regime. No momento em que me defendia, o que tentava destacar, era uma análise do contexto estratégico de um período histórico específico. É fundamental ressaltar que o tema não foi abordado em nenhum momento com a intenção de fazer apologia a ideologias extremistas ou a figuras como Hitler", continuou.
"Lamento profundamente qualquer desconforto que possa ter causado e reitero meu compromisso com os valores de respeito, ética e humanismo, que são fundamentais para o ambiente de trabalho que todos nós buscamos construir e manter. Sigo com a mesma dedicação no sentido de promover um diálogo construtivo, e agora mais vigilante e consciente de seu impacto. Agradeço a compreensão de todos e me coloco à disposição para quaisquer esclarecimentos adicionais", acrescentou.
O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) informou que ainda não existe investigação policial sobre o ocorrido.
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