Agenda de auxiliar registrou encontros secretos de Bolsonaro com comandantes após o segundo turno das eleições
Os dados das agendas de um ajudante de ordem subordinado ao tenente-coronel Mauro Cid constam das caixas de e-mail institucionais que estão com a CPMI dos atos golpistas
247 - Agendas mantidas por um ajudante de ordem subordinado ao tenente-coronel Mauro Cid registraram encontros secretos de Jair Bolsonaro (PL) com comandantes das Forças Armadas após o segundo turno das eleições de 2022. Os dados das agendas constam das caixas de e-mail institucionais entregues pela Presidência da República à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas. Não houve confirmação de que alguma das reuniões seja a mencionada pelo militar em sua delação premiada, segundo informações publicadas nesta quinta-feira (21) pelo portal G1.
O coronel, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, afirmou que o ex-comandante da Marinha almirante Almir Garnier Santos teria manifestado apoio a uma suposta iniciativa golpista discutida em uma reunião entre o ex-ocupante do Planalto e comandantes das Forças Armadas. De acordo com Mauro Cid, Filipe Martins, assessor de Bolsonaro, entregou ao ex-ocupante do Planalto uma proposta de ditadura, para a convocação de novas eleições e a prisão de adversários políticos.
Neste ano (2023), investigadores encontraram no celular do tenente uma minuta para um golpe de Estado no País com a decretação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) e que previa estado de sítio "dentro das quatro linhas" da Constituição.
Em nota, a Marinha afirmou que a opinião de um oficial não reflete o posicionamento da corporação e é fiel ao cumprimento da lei. Bolsonaro também divulgou nota e disse que "jamais tomou qualquer atitude que afrontasse os limites e garantias estabelecidas pela Constituição e, via de efeito, o Estado Democrático de Direito".
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