Após delação de Cid, PF investiga reuniões golpistas e busca registros de visitas de militares ao Alvorada

247 - Nesta semana, a Polícia Federal pediu ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República a entrega dos registros de entrada e saída de militares e outros visitantes ao Palácio da Alvorada durante os períodos mencionados por Mauro Cid, no governo de Jair Bolsonaro (PL), nos quais alega-se terem ocorrido encontros para discutir um plano de golpe de estado. >>> Mauro Cid entrega Bolsonaro e diz que ele consultou militares sobre golpe

Segundo Andréia Sadi, do g1, o objetivo da Polícia Federal é verificar a veracidade do depoimento do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. De acordo com a delação de Cid, Bolsonaro teria realizado reuniões no Palácio da Alvorada para consultar comandantes das Forças Armadas sobre a possibilidade de um golpe. >>> Heleno mente à CPMI ao dizer que Cid não participava de reuniões de Bolsonaro com as Forças Armadas

As investigações estão concentradas, principalmente, nos militares que eram aliados ao governo. O depoimento de Cid menciona indivíduos como o almirante Almir Garnier Santos, que na época era comandante da Marinha e teria informado a Bolsonaro que suas tropas estariam preparadas para apoiar o então mandatário em um possível chamado. >>> Ex-comandante da Marinha apoiou plano golpista de Filipe Martins e Bolsonaro, conta Cid

A Polícia Federal também está em busca de informações relacionadas à participação dos ex-ministros da Defesa e da Casa Civil, Braga Neto, da Saúde, Eduardo Pazuello, e do ex-assessor Filipe Martins nessas conversas.

Com acesso aos registros de entrada e saída, a Polícia Federal pretende cruzar as datas de entrada com as informações fornecidas por Cid em seus depoimentos durante a colaboração premiada. As imagens dos registros de entrada e saída do Palácio da Alvorada são deletadas ao longo do tempo. No entanto, o controle manual de acesso ao edifício permanece.