Até quando esperar: Plebe Rude volta ao Teatro Nacional em show histórico
A emblemática banda brasiliense encerra a reinauguração do Teatro Nacional Claudio Santoro com uma homenagem ao rock nacional
247 – Na reinauguração do Teatro Nacional Claudio Santoro, realizada nesta segunda-feira (23), a banda Plebe Rude foi a grande atração do evento "Hoje é Dia de Rock", parte do projeto Viva o Teatro. De acordo com a Agência Brasília, a apresentação na Sala Martins Pena representou um tributo significativo ao gênero rock, reafirmando o papel essencial do rock brasiliense na cena cultural de Brasília.
Philippe Seabra, vocalista da Plebe Rude, destacou a importância da participação da banda no evento: “Realmente uma honra para a Plebe Rude poder participar da reinauguração do Teatro Nacional, isso é muito importante para a cidade. E é um palco de shows memoráveis, inclusive da história do rock de Brasília”. Ele também relembrou a relevância histórica do local: “O Teatro Nacional foi palco do primeiro grande show do rock de Brasília, em 1966, com a banda Os Infernais durante o Miss Brasília daquele ano. E, desde então, o rock está no DNA do brasiliense”.
Formada no início dos anos 1980, a Plebe Rude está prestes a comemorar 40 anos do disco O Concreto Já Rachou. A banda, que surgiu em meio à Turma da Colina — mesma área que originou a banda Aborto Elétrico, antecessora do Capital Inicial e da Legião Urbana —, mantém uma ligação especial com o Teatro Nacional. Nos anos 2000, a Plebe Rude realizou um show memorável na sala Villa-Lobos durante seu retorno aos palcos após um hiato. “Agora é a hora da Sala Martins Pena receber o bom e velho som da Plebe Rude”, celebrou Seabra, evidenciando a continuidade da relação entre a banda e o espaço cultural.
O show atraiu uma grande quantidade de fãs, que lotaram os 480 lugares da Sala Martins Pena. O público entoou clássicos como "Até Quando Esperar", "Censura" e "A Ida", além de participarem do coro “olê, olê, olê, Plebe, Plebe”. Ao final da apresentação, a banda convidou os espectadores para subir ao palco, criando um momento de interação inesquecível. Os ingressos para a apresentação foram distribuídos gratuitamente pela plataforma Sympla, facilitando o acesso dos admiradores ao espetáculo.
Claudio Abrantes, secretário de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal, ressaltou a importância do evento ao unir o clássico teatro com o rock: “Da mesma forma que o Teatro Nacional Claudio Santoro é um patrimônio de Brasília e do Brasil, o nosso rock também é esse patrimônio. Então, nada melhor do que a gente celebrar, nada melhor do que trazer o rock para dentro dessa grande casa, desse templo da cultura do país”. Sua declaração sublinhou a integração harmoniosa entre diferentes manifestações culturais no renovado espaço.
Os espectadores, como o casal paulista Marcelo Pereira e Luciana Hitomi, expressaram sua satisfação em vivenciar a reabertura do teatro assistindo a um grupo pelo qual são fãs. Marcelo, analista de negócios, comentou: “Foi muito legal ter conseguido [o ingresso] para a Plebe Rude e é muito legal estar aqui de volta. Tem dez anos que eu não moro em Brasília, mas já vim muito [ao Teatro Nacional] e é bastante emocionante voltar aqui e ver tudo de novo”. Já Luciana, servidora pública, destacou a importância histórica do teatro e da banda: “Eu estava muito na expectativa da reabertura do teatro, são dez anos fechados, e escolheram uma banda muito legal, que é uma banda muito representativa de Brasília. Por toda simbologia que o teatro tem dentro da história de Brasília, hoje consegue amarrar tudo: a Plebe Rude, com a história que ela tem com a capital, no Teatro Nacional é um evento marcante”.
O projeto Viva o Teatro iniciou-se na última quarta-feira (18) com um concerto da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro (OSTNCS) em homenagem aos operários que trabalharam na reforma do espaço. Na sexta-feira (20), a reabertura oficial contou com o show da dupla Chitãozinho e Xororó, acompanhada da OSTNCS, ambos eventos exclusivos para convidados. No sábado (21), o cantor Almir Sater comandou o primeiro show aberto ao público após a reinauguração. O domingo (22) foi dedicado às artes cênicas, com apresentações da montagem infantil Os Saltimbancos, da Agrupação Teatral Amacaca, e da peça Tela Plana, da Companhia de Comédia Os Melhores do Mundo. A programação continuará com um espetáculo de dança na quinta-feira (26).
A restauração do Teatro Nacional Claudio Santoro, realizada pelo Governo do Distrito Federal (GDF), teve início em dezembro de 2022, com a recuperação da Sala Martins Pena e seu respectivo foyer. O projeto, fracionado em quatro etapas, conta com um investimento total de R$ 385 milhões, sendo R$ 70 milhões na primeira fase, realizada pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) e pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF). A próxima fase, que já teve o edital de licitação divulgado no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF), prevê um investimento adicional de R$ 315 milhões e inclui a restauração da Sala Villa-Lobos, do Espaço Dercy Gonçalves, da Sala Alberto Nepomuceno e do foyer da Villa-Lobos.
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