Bolsonaro sobre absorventes: "tô torcendo para que o Congresso derrube o veto, mas vou tirar R$ 300 milhões de algum lugar"
Em transmissão ao vivo, Jair Bolsonaro voltou a declarar que, se o Congresso derrubar o veto ao PL dos absorventes, ele vai tirar dinheiro da Saúde e da Educação. “Não existe distribuição gratuita de nada, e não vou aumentar imposto”
247 - Em transmissão ao vivo nesta quinta-feira, 14, nas redes sociais, Jair Bolsonaro justificou o seu veto ao projeto de lei, da deputada Marília Arraes (PT), para a distribuição gratuita de absorvente feminino para estudantes de baixa renda de escolas públicas e mulheres em situação de rua ou de vulnerabilidade extrema.
Ele voltou a repetir que se aprovasse o projeto seria “crime de responsabilidade”. “O deputado ou senador pode votar ‘sim’ ou ‘não’ em o que ele quiser e não responde por nada, mas eu não posso [...] tenho que seguir as diretrizes dos respectivos ministérios [...]. Qualquer projeto que crie despesa, como esse, se não apresentar de onde vem o dinheiro, o projeto é inconstitucional. E se eu sancionar [...], é crime de responsabilidade”, afirmou.
No entanto, a autora do PL, Marília Arraes já havia explicado que “vários estudos de impacto orçamentário financeiro, de onde sairia o recurso. Apontamos no substitutivo com a relatora Jaqueline Cassol (PP-RO), de onde viria o dinheiro, tudo acordado com as lideranças inclusive do governo”.
Tirar da Saúde e da Educação
Bolsonaro debochou do projeto , chamando-o de “auxílio modess”. Ele recorreu à ironia ao sugerir "solução" para o caso, dizendo que "basta o Congresso derrubar o veto".
Bolsonaro ainda afirmou que defende que o Congresso derrube o veto, e voltou a declarar que, nesse caso, vai tirar dinheiro da Saúde e da Educação. “Não existe distribuição gratuita de nada”, argumentou. "Não vou aumentar imposto, vou tirar de algum lugar”, destacou.
"Vão meter o pau em mim. Tô tirando pq eu sou escravo da Lei. Se o Congresso derrubar o veto, e tô torcendo para que derrube, eu vou arrumar o absorvente, porque não vai ser gratuito [...] Vou ter que tirar R$ 300 milhões de algum lugar", disse.
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