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    Brigas entre familiares no clã Bolsonaro abalaram campanha eleitoral para presidente

    Discussões entre Carlos e Michelle, e desentendimentos dos filhos Carlos, Flávio e Eduardo abalaram, nos bastidores, momentos importantes

    Flávio, Carlos, Jair, Eduardo (armado) e Renan. Família Bolsonaro (Foto: Reprodução / @BolsonaroSP no Twitter.)

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    247 - Brigas entre familiares de Jair Bolsonaro (PL) abalaram a campanha eleitoral, informou a colunista Juliana Dal Piva, do Uol. “Discussões entre Carlos e Michelle, mulher do presidente, e desentendimentos dos filhos Carlos, Flávio e Eduardo abalaram, nos bastidores, momentos importantes da disputa presidencial”, contou.

    Ela lembra que, “nos últimos dias, a briga entre Carlos e Michelle acabou se tornando pública, quando foi notado que Michelle não seguia as redes sociais de Jair Bolsonaro e vice-versa”, enquanto a primeira-dama afirma que isso ocorreu porque as contas não são administradas pelo marido. "Conforme o Jair explicou em várias 'lives', quem administra essa rede não é ele", escreveu no Instagram.

    Michelle e Carlos discutiram pelo protagonismo e proximidade junto a Jair Bolsonaro durante a viagem para o funeral da rainha Elizabeth 2ª, em setembro.

    Ainda, segundo a reportagem, a primeira-dama tinha restringido a presença de Carlos no Palácio da Alvorada e o filho "02" andava irritado com isso. 

    “Carlos, por sua vez, também estava incomodado com a presença e uso de uma equipe de marketing na campanha. Ele queria reeditar o que, na opinião dele, funcionou em 2018. Entre essas e outras questões, os dois se desentenderam na ocasião”, informou.

    “O clima bélico chegou a um ápice, porém, na última semana antes da eleição, quando Carlos estava em uma reunião no Palácio da Alvorada com o pai e outros integrantes da campanha e Michelle pediu a alguém que informasse a ele para se retirar do local, recordando que ela tinha pedido, anteriormente, que Carlos não frequentasse a residência oficial. Carlos foi embora, mas se enfureceu e decidiu não acompanhar mais o pai no debate da Globo, marcado para aquela sexta-feira”.

    Interlocutores destacaram que Bolsonaro tinha ficado abalado com a ausência do filho naquele momento, chegando a tremer ao falar e, ao final, pedindo votos para mais um mandato de "deputado federal", em um ato falho. 

    Carlos também esteve ausente no pronunciamento de Jair Bolsonaro na terça-feira, 1º.

    “O ‘02’ voltou ao Rio de Janeiro para reassumir o mandato de vereador após uma licença para atuar na campanha do pai. Carlos é o mais conhecido pela atuação nas redes sociais e está sem postar nada desde momentos antes do resultado da eleição, há uma semana, em 30 de outubro. Carlos nem sequer endossou publicamente, como os irmãos, as manifestações antidemocráticas contra o resultado das eleições”.

    Dal Piva nota ainda que o senador Flávio Bolsonaro (PL) também esteve ausente no pronunciamento do dia 1º, enquanto no dia anterior (31), publicou em suas redes sociais uma mensagem em que não questionava o resultado da eleição. Ele agradeceu pelos votos e disse, entre outras coisas, para "erguer a cabeça", "não vamos desistir do nosso Brasil!". 

    Isso teria causado uma briga entre ele e Eduardo Bolsonaro (PL), defensor de questionar o resultado das urnas. Eduardo, entre outras coisas, tentou organizar uma reunião entre Jair Bolsonaro e Steve Bannon, conselheiro do ex-presidente dos Estados Unidos (EUA) Donald Trump, que teria organizado o movimento que invadiu o Capitólio após a derrota trumpista e vitória do atual presidente Joe Biden.

    “Flávio e Carlos Bolsonaro também estavam se desentendendo havia meses. Enquanto o senador transitava melhor na cúpula do PL e atuava como coordenador da campanha, Carlos criticava o tempo todo a equipe de marketing defendida pelo irmão”, contou Dal Piva.

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