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Eliziane Gama diz que CPMI ouvirá general Dutra, acusado de barrar o desmonte do acampamento golpista

"Paira sobre o general Dutra a acusação de não permitir a desmobilização do acampamento por parte da PMDF", disse a relatora da CPMI dos atos golpistas em entrevista à TV 247

Eliziane Gama e General Dutra (Foto: Agência Senado | Reprodução)

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247 - A relatora da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), concedeu nesta quarta-feira (28) uma entrevista exclusiva à TV 247 na qual comentou os depoimentos colhidos recentemente e indicou os próximos passos das investigações sobre os atos golpistas.

Em relação ao depoente de terça-feira (27), o coronel Jean Lawand Júnior, a senadora afirmou que as mensagens de teor golpista que ele trocou com o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid, não deixam dúvidas sobre a participação de militares na tentativa de golpe de Estado. Gama declarou que as mensagens de Lawand são muito claras e que não é possível "maquiar" a realidade dos fatos. Nem mesmo os apoiadores de Bolsonaro no Congresso conseguiram acreditaram em sua versão, lembrou. "É uma reafirmação de que havia militares envolvidos na ideia da decretação de uma GLO. A postura de Lawand confirma isso", disse a parlamentar na entrevista.

Ela destacou que se refere a apenas "alguns militares" e que a alta cúpula das Forças Armadas não embarcou na tentativa de golpe, "muito embora houvesse militares de ponta e estratégicos propensos a essa possibilidade", como Cid e Lawand Júnior.

Gama anunciou que os parlamentares ouvirão o general Gustavo Henrique Dutra, que comandou as ações do Exército no dia 8 de janeiro. "Estaremos ouvindo também o general (Gustavo Henrique) Dutra. Precisamos compreender sua participação em relação à desmobilização do acompamento, de onde saiu a bomba e a invasão. Paira sobre o general Dutra a acusação de não permitir a desmobilização do acampamento por parte da PMDF", complementou Gama.

Dutra afirmou à CPI da Câmara Legislativa do Distrito Federal em maio que “ninguém disse que o acampamento” em frente ao quartel do Exército em Brasília era ilegal, mas que, mesmo assim, os militares tentaram desmobilizá-lo. Assista:

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