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Exército abre inquérito para investigar 4 militares autores de carta golpista

Dois coronéis da ativa e dois da reserva são os alvos das investigações

Jair Bolsonaro (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil | Marcelo Camargo/Agência Brasil | Reuters/Adriano Machado)

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247 - O Exército formalizou nesta terça-feira (27) a abertura de um inquérito policial militar para investigar quatro coronéis autores que assinaram um documento com mais 33 militares, para estimular o comando da corporação a dar um golpe, e deixar Jair Bolsonaro (PL) seguir no Planalto, em Brasília (DF), mesmo após ser derrotado em 2022. Dois coronéis da ativa (Alexandre Castilho Bitencourt da Silva e Anderson Lima de Moura) e dois da reserva (Carlos Giovani Delevati Pasini e José Otávio Machado Rezo Cardoso).

O comandante Tomás Paiva abriu uma sindicância, com o objetivo de apurar quais oficiais redigiram e assinaram o documento golpista, divulgado em novembro de 2022. O Exército afirmou que 37 militares tiveram algum tipo de participação. Quatro escreveram o texto e outros 33 o assinaram.

Em 2024, a Polícia Federal iniciou a Operação Tempus Veritatis (“A hora da Verdade”). Investigadores descobriram que a tentativa de golpe previa a prisão dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, além do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). >>> Em documento, Exército aponta autores da Carta dos Oficiais que pedia golpe

Em delação premiada, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), afirmou que o político da extrema-direita consultou militares para saber como aliados da gestão bolsonarista poderiam impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Durante o seu governo, Bolsonaro fez ataques verbais às urnas eletrônicas brasileiras e defendeu a participação das Forças Armadas na apuração do resultado da eleição. Oposicionistas denunciaram tentativa de golpe. Atualmente, o ex-mandatário está inelegível por acusações falsas contra o sistema eleitoral brasileiro.

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