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Exército já puniu metade dos oficiais investigados por carta ao comandante pedindo um golpe

Pelo menos metade desses oficiais foi punido e dois receberam pena de detenção

Militares e os atos golpistas (Foto: Agência Brasil (Joedson Alves / Elza Fiúza))

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247 - Uma sindicância do Exército abriu processos disciplinares contra 46 oficiais. O número pode ser de 44, pois o nome de dois deles aparece duplicado. Pelo menos, metade desses oficiais foi punido e dois receberam pena de detenção. A informação foi publicada nesta terça-feira (16) pela coluna de Monica Gugliano

De acordo com as investigações da Polícia Federal sobre os atos golpistas do 8 de janeiro de 2023, os oficiais enviaram a “Carta ao Comandante do Exército de Oficiais superiores da Ativa do Exército Brasileiro”, ao então comandante do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes, com o objetivo de pressioná-lo a aderir a uma possível tentativa de golpe. 

Policiais federais iniciaram a Operação Tempus Veritatis (“A hora da Verdade”) em fevereiro, para ter mais detalhes do plano golpista e punir os envolvidos no esquema. A tentativa de golpe previa a prisão dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, além do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Entre os alvos da operação estão Braga Netto, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira, todos generais e antigos assessores de Jair Bolsonaro.

Em delação premiada, o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que Jair Bolsonaro (PL) consultou militares para saber formas de se aplicar um golpe de Estado. As investigações da PF apontaram que o esquema tinha seis núcleos. Um deles era desinformação e ataques ao sistema eleitoral.

Ex-comandantes do Exército, Paulo Sérgio Nogueira, e da Marinha, Almir Garnier Santos, também foram alvos de mandados de busca e apreensão. Há mandados de prisão contra os coronéis Bernardo Romão Corrêa Netto e Marcelo Costa Câmara; e o tenente-coronel Rafael Marins de Oliveira, todos militares da ativa.

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