Explosivos, granadas e fuzil: fórum na 'deepweb' discutia assassinato de Lula e Alexandre de Moraes

247 - Ameaças de morte contra o presidente Lula (PT) e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), voltaram a surgir em fóruns da deepweb. A informação foi revelada pela CNN Brasil e detalha que os autores das postagens mencionaram o uso de explosivos, granadas e até um fuzil Barrett .50, arma de alto calibre utilizada por atiradores de elite e com capacidade para derrubar helicópteros. As ameaças indicam que o suposto ataque estaria planejado para ocorrer ainda neste mês.

As investigações foram iniciadas após uma denúncia recebida pela Polícia Civil do Distrito Federal, que abriu um inquérito na Divisão de Proteção e Combate ao Extremismo Violento (Dpcev) e compartilhou as informações com a Polícia Federal. Fontes da investigação destacaram que todas as ameaças dessa natureza são tratadas como reais, e os esforços estão concentrados na identificação dos autores e possíveis cúmplices.

A deepweb, conhecida por ser uma área da internet não acessível por mecanismos de busca convencionais, abriga tanto conteúdos legítimos quanto atividades ilícitas. É nesse ambiente que muitas vezes ocorrem práticas criminosas, incluindo a divulgação de ameaças e planejamento de ações violentas.

Este novo inquérito soma-se a episódios recentes de ameaças contra autoridades brasileiras. Em agosto, durante a Operação Contragolpe, cinco pessoas foram presas sob acusação de planejar o assassinato de Lula, Alexandre de Moraes e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), com o objetivo de promover um golpe de Estado e impedir a posse do presidente eleito.

Outros casos recentes de violência e ameaça em Brasília também reforçam o clima de tensão. Em novembro, Francisco Wanderley Luiz cometeu um atentado suicida em frente ao STF. Investigações indicaram que ele possuía planos para assassinar Moraes. No final do ano passado, a Polícia Civil do DF prendeu um homem de 30 anos, na Bahia, suspeito de planejar ataques à capital federal. Ele foi interceptado após denúncias e monitoramento das forças de segurança.

Outro incidente envolveu um suspeito que estacionou um veículo no quartel do Comando-Geral da Polícia Militar do DF, afirmando carregar dispositivos explosivos para atacar as sedes da Polícia Militar e da Polícia Federal.