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    Marco Aurélio sugere que há censura no STF e denuncia omissão de reportagens sobre caso das vacinas

    Ministro enviou um ofício ao presidente do Supremo, Luiz Fux, questionando o fato de o clipping do tribunal não ter incluído duas reportagens da imprensa sobre a exoneração do secretário que pediu reserva de 7 mil doses de vacina aos servidores do Supremo. “É inadmissível que isso ocorra no Supremo”

    Marco Aurélio Mello e Luiz Fux (Foto: STF)

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    247 - O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, sugere que houve censura no clipping diário (seleção de reportagens da imprensa distribuídas aos integrantes) produzido pela corte pelo fato de a lista não conter duas reportagens sobre o caso em que o STF pediu reserva de sete mil doses de vacina contra a Covid-19 para seus servidores.

    Segundo o colunista Lauro Jardim, do Globo, Marco Aurélio enviou um ofício ao presidente do STF, Luiz Fux, questionando o fato. “Ante os ares democráticos vivenciados, somente cabe atribuir a omissão a falha ao reproduzir o teor das notícias. Sim, o clipping veio sem o que foi publicado. Considerando o quadro, requeiro a Vossa Excelência que seja esclarecido pela secretaria de comunicação”, cobrou.

    E a um interlocutor, foi mais direto no apontamento de que houve censura: “É inadmissível que isso ocorra no Supremo”.

    As reportagens que faltaram no clipping foram publicadas pelos jornais Folha de S.Paulo e O Estado de S.Paulo e tratam da exoneração de Marco Polo Dias Freitas, médico e ex-secretário de serviços integrados de saúde da Corte, por Fux. O servidor foi responsável por pedir à Fiocruz e ao Instituto Butantan, por meio de ofícios, a reserva de sete mil doses das vacinas da Oxford e CoronaVac para garantir a aplicação em funcionários do tribunal.

    Para a exoneração, Fux argumentou que não sabia da ação do então secretário e condenou o gesto. Marco Polo, porém, desmentiu o magistrado e disse que “superiores” sabiam do pedido.

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