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    Ministra Anielle Franco depõe por 1h30 à PF sobre acusações de assédio contra ex-ministro Silvio Almeida

    Investigação segue em sigilo após demissão de Sílvio Almeida, enquanto governo lança plano de combate ao assédio na administração pública

    Anielle Franco (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil)

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    247 - A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, foi ouvida por cerca de uma hora e meia pela Polícia Federal (PF) nesta quarta-feira (2), em Brasília, como parte da investigação sobre denúncias de assédio cometidas pelo ex-ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida. Segundo a coluna da jornalista Carla Araújo, do UOL, o depoimento terminou por volta das 11h30 e a assessoria de Anielle declarou que não comentaria o caso, uma vez que as investigações ainda estão em andamento.

    Almeida foi demitido no início de setembro após as acusações ganharem visibilidade na imprensa. Anielle teria confirmado a colegas que foi uma das vítimas do ex-ministro, que foi substituído por Macaé Evaristo no comando do Ministério dos Direitos Humanos.

    As investigações estão sendo conduzidas pela PF com autorização do ministro André Mendonça, do STF, e tramitam de forma sigilosa. A abertura do inquérito foi motivada por um depoimento de uma testemunha que forneceu informações à PF, resultando na decisão de iniciar uma apuração preliminar.

    Além da PF, o caso é investigado pelo Ministério Público do Trabalho em Brasília e pela Comissão de Ética Pública da Presidência. As acusações surgiram de maneira anônima e foram publicadas pela ONG Me Too Brasil, após uma reportagem do site Metrópoles, que já mencionava Anielle Franco como uma das vítimas.

    Silvio Almeida nega as acusações e, em nota divulgada após sua demissão, declarou que provará sua inocência. Sob sua gestão, o Ministério dos Direitos Humanos enfrentou uma série de denúncias de assédio moral e pedidos de demissão. os problemas, segundo o UOL,teriam começado no início de sua gestão, em janeiro de 2023, o que o ex-ministro também nega.

    Em resposta ao caso, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lançou nesta segunda-feira (1) um plano de combate ao assédio na administração pública. A portaria sobre o plano, assinado pela ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, e publicado no Diário Oficial da União (DOU), visa "desenvolver um conjunto de ações coordenadas para prevenir o assédio e a discriminação" no ambiente da administração pública federal.

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