Natal 2024 aquece comércio brasiliense e projeta alta de 9% nas vendas
Expectativa é de movimentar cerca de R$ 992 milhões, segundo a Fecomércio-DF
247 – Em ritmo de festas, comerciantes e consumidores do Distrito Federal já sentem o clima de fim de ano movimentar o varejo. Conforme apurado pela Agência Brasília e pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio-DF), a projeção é que as vendas de Natal em 2024 gerem um montante de R$ 992 milhões, o que indica um crescimento de até 9% em relação ao mesmo período do ano passado.
Segundo a Fecomércio-DF, dois fatores explicam essa tendência de alta: o valor médio do tíquete, que subiu 14,8% — de R$ 345,26 em 2023 para R$ 396,67 em 2024 —, e o aumento da intenção de compra, que passou de 64,5% para 85,9%. Esses números evidenciam a retomada do setor e apontam para um cenário otimista, reforçando o potencial do comércio no Distrito Federal.
“Esse crescimento abrange todos os segmentos empresariais de Brasília, desde a indústria até o comércio. A venda de produtos e serviços tem impacto direto na economia local, o que possibilita ao governo aumentar investimentos em obras, programas sociais e outros serviços à população”,
afirma o secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet), Thales Mendes.
O titular da pasta ressalta ainda a importância das ações do governo na abertura de vagas no mercado de trabalho:
“Qualificamos quase 25 mil pessoas por meio do programa QualificaDF, preparando-as para a ampliação do mercado de trabalho. A expectativa é positiva, pois isso resulta em maior arrecadação e aumento na taxa de empregabilidade.”
Otimismo no comércio
A mesma pesquisa da Fecomércio-DF revela que 77% dos lojistas estão otimistas, projetando vendas superiores às de 2023, enquanto 18,8% acreditam em desempenho similar e apenas 4,2% estimam queda. Apesar de a expectativa de crescimento não ser tão elevada quanto em períodos anteriores, 2024 registra o segundo melhor desempenho dos últimos oito anos.
Para Damião Leite, presidente da Cooperativa de Produção e Compra em Comum dos Empreendedores da Feira dos Importados de Brasília (Cooperfim), o cenário é animador:
“Estamos vendo o aumento no fluxo de clientes e, com o pagamento da última parcela do 13º salário, esperamos que as compras se intensifiquem nos próximos dias.”
O comerciante também destaca a chegada de visitantes de outros estados para a capital, o que impulsiona ainda mais a procura por produtos na região:
“Nesse momento é comum virem turistas para passar o Natal com familiares e, ao aproveitar para conhecer a cidade, visitam a Feira dos Importados.”
Opções atrativas
Seguindo as tendências do mercado, a lojista Conceição Pereira, 54, diversificou suas mercadorias e investiu em bonecos colecionáveis de personagens da cultura pop, conhecidos como Funko Pop. A aposta veio após perceber a queda na demanda por videogames:
“Há quatro anos, meus principais produtos eram videogames, mas, com a queda da demanda, decidi apostar nos Funko Pops. As vendas aumentaram, especialmente em datas comemorativas. A gente tem que conquistar a clientela, mostrar bem o produto e ser educado com todos.”
Já o empreendedor Leonardo Gonçalves, especializado em produtos eletrônicos, observou uma desaceleração nas vendas em relação ao ano passado, mas mantém a esperança de um aquecimento às vésperas do Natal:
“Acreditamos que, conforme o Natal se aproxima, a demanda aumente.”
Com 15 anos de experiência no setor, ele ressalta a importância de se manter atualizado:
“Na área da tecnologia temos que estar sempre atentos às novidades e ter disponível o que os clientes estão procurando.”
Preferência do público
De acordo com o levantamento da Fecomércio-DF, 55% dos consumidores preferem lojas físicas, seja nas ruas ou em shoppings. Os principais motivos apontados são a chance de avaliar a qualidade dos produtos (29,07%) e a possibilidade de encontrar preços mais acessíveis (23,98%).
O professor Patric Moreira segue essa preferência:
“Gosto de ver o presente de perto, verificar se a pessoa vai gostar e já sair com o item em mãos.”
Ele explica que o adicional do 13º salário e as férias possibilitaram fechar todas as compras na Feira dos Importados, tanto para familiares quanto para amigos.
A consumidora Maria Aparecida Caetano, 55, também aproveita a época para pesquisar e adquirir itens com calma, inclusive uma nova armação de óculos:
“Pesquiso os preços, penso com calma e depois volto para comprar o que gostei. Meu filho faz aniversário no dia de Natal, então a comemoração é em dobro e o presente tem que ser ainda mais especial.”
Direitos do consumidor
Com o grande volume de compras no fim de ano, o Instituto de Defesa do Consumidor do Distrito Federal (Procon-DF) orienta a população sobre direitos de troca de produtos e compras realizadas pela internet.
“Se o produto não tiver defeito, a loja física não é obrigada a trocar. No entanto, se a loja adotar uma política de troca, o consumidor deve ficar atento aos prazos e condições de reembolso”,
explica o diretor-geral do Procon-DF, Marcelo Nascimento.
Nos casos de comércio eletrônico, o consumidor possui até sete dias após o recebimento para desistir da compra, seja por insatisfação ou defeito no item.
“O consumidor tem direito ao reembolso total do valor pago, incluindo o frete”,
reforça o diretor, acrescentando que é fundamental buscar suporte do Procon sempre que necessário:
“Isso ajuda a melhorar o padrão de qualidade dos serviços prestados e evita que outros consumidores enfrentem as mesmas dificuldades.”
As denúncias podem ser feitas pelo Sistema de Peticionamento Eletrônico, pelo telefone 151 ou presencialmente no Procon-DF.
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