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    Prisão de policial federal pode revelar elo entre plano golpista e ‘Abin paralela’, avalia PF

    Wladimir Matos Soares revelou em depoimento que ficou sabendo da trama golpista através de um agente que trabalhava na Abin

    (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)

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    247 - O policial federal Wladimir Matos Soares, preso na última terça-feira ((19) por envolvimento no plano golpista que visava assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), revelou em depoimento que ficou sabendo da trama através de Alexandre Ramalho, agente que trabalhava na Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Segundo a PF, esse pode ser o elo entre a tentativa de golpe de Estado e a estrutura paralela criada dentro da Abin pelo governo Bolsonaro, a chamada ‘Abin paralela’, informa o G1.

    Soares disse em depoimento que foi cooptado a participar da trama e que o grupo seria responsável pela segurança de Jair Bolsonaro após o golpe. “APF Ramalho fazia parte de uma suposta equipe que estava sendo montada. Essa equipe faria segurança do Palácio do Planalto e de Jair Bolsonaro caso ele resolvesse não entregar a faixa presidencial", diz trecho do depoimento.

    O policial federal preso fazia parte da equipe de segurança do hotel onde Lula ficou hospedado durante a transição do governo. Policiais mais próximos de Lula descobriram que ele também frequentava acampamentos golpistas e foi afastado da função. 

    Citado no depoimento, Alexandre Ramalho já é investigado esquema que apura a utilização da Abin para grampear autoridades de forma ilegal. Ele já foi interrogado pela PF, mas o depoimento é mantido sob sigilo.

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