PV quer expulsar parlamentares que votaram contra a prisão de Chiquinho Brazão
'O partido exige a desfiliação', afirmou a legenda
247 - O Partido Verde cobrou nesta quinta-feira (11) a desfiliação dos deputados federais Jadyel Alencar (PI) e Luciano Amaral (AL) por terem votado contra a manutenção da prisão de Chiquinho Brazão (ex-União Brasil-RJ), apontado por investigadores da Polícia Federal como um dos mandantes do assassinato da ex-vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco (PSOL), morta por milicianos integrantes do crime organizado em um lugar sem câmeras em março de 2018 na região central da cidade.
"A legenda, por meio dos presidentes estaduais, exige a efetivação da desfiliação de ambos os parlamentares", disse o comunicado emitido pelo partido, presidido nacionalmente por José Luiz Penna, ex-secretário de Cultura do estado de São Paulo. Também foi deputado federal e vereador da capital paulista.
Membros da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovaram, por 39 votos a 25, a manutenção da prisão. No plenário da Casa, 277 deputados votaram a favor e 129 votaram contra, além de 28 abstenções. Eram necessários 257 votos para manter a prisão.
O ex-deputado Chiquinho Brazão foi preso no mês passado junto com Domingos Brazão, seu irmão e ex-conselheiro do Tribunal de Contas (TCE-RJ). Também foi detido Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do estado.
Dois ex-policiais militares estão entre os presos acusados de envolvimento no homicídio. Um deles foi Élcio Queiroz, que admitiu ter dirigido o carro de onde partiram os tiros contra a então parlamentar, em 2018. O outro, Ronnie Lessa, efetuou os disparos, apontaram as investigações.
Segundo a Polícia Federal, o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel, que está preso, atuou na "vigilância" de Marielle. Queiroz afirmou que o sargento da PM Edmilson da Silva de Oliveira, o Macalé, assassinato em 2021, foi quem apresentou a Lessa o "trabalho" de matar a ex-vereadora. O delator Élcio Queiroz afirmou que o mecânico Edilson Barbosa dos Santos, conhecido como "Orelha", foi procurado por Suel para se desfazer do carro usado no assassinato. A delação apontou que Orelha tinha uma agência de automóveis e foi dono de um ferro velho. Conhecia pessoas que trabalham com peças de carros.
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