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A doença que matou turista em Fernando de Noronha após mergulho

Um turista de 43 anos, natural de Belo Horizonte, morreu na última terça-feira (15)

Ilha de Fernando de Noronha (Foto: Antônio Melcop/Embratur)

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247 - Um turista de 43 anos, natural de Belo Horizonte, morreu na última terça-feira (15) após realizar um mergulho em Fernando de Noronha. O incidente aconteceu na Corveta Ipiranga, um dos pontos de mergulho mais renomados da ilha, onde uma embarcação está naufragada a 62 metros de profundidade. A informação foi confirmada pela Administração de Fernando de Noronha, por meio de nota oficial. O G1 também apurou detalhes sobre o caso.

De acordo com a nota, "a Administração de Fernando de Noronha informa que o paciente era um turista, de 43 anos. Ele deu entrada na tarde de terça-feira (15), no Hospital São Lucas, trazido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), devido a sintomas respiratórios e rebaixamento de nível de consciência, após mergulho profundo de cilindro".

Os médicos diagnosticaram o turista com doença descompressiva, condição que ocorre quando gases dissolvidos no corpo, principalmente o nitrogênio, formam bolhas durante a rápida descompressão ao retornar à superfície. O tratamento padrão para essa condição envolve o uso de uma câmara hiperbárica, na qual o paciente respira oxigênio puro sob pressão elevada.

Tentativas de Tratamento e Falecimento

Após ser diagnosticado, foi recomendado o tratamento hiperbárico para o visitante. A nota detalha que "após algumas horas do tratamento, o paciente apresentou melhora clínica dos sintomas, porém, posteriormente, evoluiu com parada cardiorrespiratória (PCR), não havendo sucesso após procedimentos de reanimação por cerca de 1 hora e 30 minutos".

O corpo do turista foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), no Recife, para que fosse realizada a verificação oficial da causa da morte, na quarta-feira (16).

Riscos e Prevenção da Doença Descompressiva

A doença descompressiva é um risco associado a mergulhos em grandes profundidades. A condição é desencadeada pela formação de bolhas de gás no sangue e tecidos do corpo humano quando ocorre uma descompressão rápida. Durante o mergulho, os gases da mistura respiratória nos cilindros, como nitrogênio ou hélio, são absorvidos pelos tecidos sob alta pressão. Quanto maior a profundidade e o tempo de mergulho, mais esses gases se dissolvem no organismo.

Para evitar a doença descompressiva, é essencial que os mergulhadores controlem o tempo e a profundidade do mergulho, além de respeitarem a velocidade de retorno à superfície, permitindo que o corpo se adapte gradualmente às mudanças de pressão. O tratamento inclui o uso de uma câmara hiperbárica, que simula as condições de alta pressão para que o paciente possa expelir os gases de forma segura e controlada.

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