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    Com R$ 3,2 bi do BNDES, projeto eólico na Bahia vai gerar energia para mais de 1 milhão de lares

    "Operação reforça o compromisso do BNDES com projetos de geração renovável de grande escala, na busca por uma matriz energética cada vez mais sustentável”, diz Aloizio Mercadante

    Turbina de energia eólica (Foto: Divulgação/Ari Versiani/PAC)

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    247 - Um novo marco no cenário de energia renovável está prestes a se concretizar no Centro-Norte da Bahia. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) está investindo R$ 3,2 bilhões no Complexo Babilônia Centro, um ambicioso projeto eólico que entrará em operação a partir de outubro de 2025. Financiado em 80% pelo BNDES, esse empreendimento representa o maior volume já concedido pelo Banco para um projeto de geração renovável.

    O projeto, desenvolvido pela joint-venture (associação de sociedades, sem caráter definitivo, para a realização de determinado empreendimento comercial) entre a Casa dos Ventos e a ArcelorMittal, estará localizado nos municípios de Morro do Chapéu e Várzea Nova. O Babilônia Centro terá 123 aerogeradores, uma capacidade instalada de 553,5 MW e estimativa de geração de 267 MW médios. Essa produção de energia será suficiente para abastecer aproximadamente 1,37 milhão de domicílios, contribuindo significativamente para a matriz elétrica brasileira.

    Uma característica marcante do projeto é o seu impacto na descarbonização, evitando a emissão anual de cerca de 950 mil toneladas de CO2 na atmosfera. O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destacou: "essa operação reforça o compromisso do BNDES com projetos de geração renovável de grande escala, na busca por uma matriz energética cada vez mais sustentável para o Brasil, com produção de energia limpa e estímulo à descarbonização”.

    O Complexo Babilônia Centro também desempenhará um papel crucial no abastecimento de energia para a ArcelorMittal no Brasil, respondendo por cerca de 40% do consumo elétrico da empresa. O presidente da ArcelorMittal Brasil, Jefferson De Paula, enfatizou a importância desse investimento para atingir os objetivos de neutralidade de carbono até 2050 e redução de 25% das emissões específicas até 2030 e destacou que "o Complexo Eólico Babilônia Centro vai assegurar energia limpa e contribuir para a descarbonização das operações da empresa no Brasil. O investimento em energia renovável é fundamental para uma economia de baixo carbono e um futuro sustentável”.

    Durante a fase de implantação do empreendimento, está prevista a criação de 1.500 postos de trabalho diretos e 3.000 indiretos. Após a conclusão, o complexo eólico deverá empregar diretamente 80 funcionários e indiretamente outros 150 trabalhadores, gerando um impacto positivo na economia local.

    A diretora de Infraestrutura, Transição Energética e Mudança Climática do BNDES, Luciana Costa, ressaltou que o Brasil está em posição vantajosa na transição energética em comparação com outros países. Projetos como o Babilônia são fundamentais para sustentar a expansão das fontes renováveis no país, contribuindo para o desenvolvimento sustentável. "Em 2004, o BNDES criou um programa de apoio a fontes alternativas de energia elétrica para financiar éolica e solar. O resultado é que projetos financiados pelo BNDES representam 57,5% do total da capacidade eólica instalada no Brasil, que é de 28,7 GW”, lembrou a diretora.

    Com uma linha de transmissão de aproximadamente 17 km até a subestação Ourolândia II, o Complexo Babilônia Centro estará conectado ao Sistema Interligado Nacional, fortalecendo a contribuição do Brasil no cenário global de energia renovável. A estimativa é que o empreendimento evite a emissão de cerca de 950 mil toneladas de CO2 anualmente, contribuindo significativamente para a preservação do meio ambiente.

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