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    Lula: voto dos nordestinos contra Bolsonaro virou uma questão de honra

    "Ele já não gostava de negro, de mulher, de indígena, de sindicato, de prefeito, de governador, agora ele diz que não gosta de nordestino", declarou o ex-presidente

    Lula (Foto: Reprodução)
    Guilherme Levorato avatar
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    247 - Em viagem a Pernambuco nesta sexta-feira (14), o ex-presidente Lula (PT) concedeu entrevista coletiva e afirmou que o voto dos nordestinos contra Jair Bolsonaro (PL) virou "questão de honra". Bolsonaro associou o voto dos nordestinos em Lula ao analfabetismo

    "Depois que o meu adversário foi em um discurso ou em uma live dizer que o povo nordestino vota em mim porque é analfabeto, eu resolvi provocar o povo nordestino para transformar o voto contra o Bolsonaro em uma questão de honra. Depois que ele falou isso, eu fui em Campinas, em São Bernardo, em Osasco, Guarulhos, Belford Roxo, ao Complexo do Alemão. Em todos os atos que eu participo eu peço para levantar a mão quem é nordestino ou quem tem parente no Nordeste. É impressionante, porque 80% do povo levanta a mão. Ou o cara é originário daqui ou tem um parente no Nordeste. Ele já não gostava de negro, de mulher, de indígena, de sindicato, de prefeito, de governador, agora ele diz que não gosta de nordestino. Por isso que o ato que ele fez aqui em Pernambuco foi um fiasco, porque ele é um cidadão que não sabe respeitar", declarou.

    Lula também destacou os investimentos feitos pelos governos petistas no Nordeste. "Eu resolvi começar a mostrar alguns números do nosso período no governo para que, quem sabe, algum jornal publique e, quem sabe, ele fique sabendo e vai ficar sabendo como é que se trata o Nordeste com respeito. Nós investimos no Nordeste brasileiro no período do PT R$ 731,8 bilhões, e mais R$ 114,3 bilhões do Minha Casa, Minha Vida. No total, foram R$ 846 bilhões".

    O ex-presidente ainda disse que Bolsonaro se apropriou indevidamente da obra de transposição das águas do Rio São Francisco. "Ele mente, porque muitas vezes ele pegou uma obra que ficou do governo da Dilma depois do golpe, obras que faltavam 5% para terminar, ele termina e fala que foi ele, como as águas do São Francisco. Ele tem a cara de pau de dizer que foi ele que fez as obras do Rio São Francisco. Todo mundo sabe, e eu faço questão de dizer isso: esse cidadão não governa esse país. Ele não cuidou da Saúde como deveria, negligenciou a vacina, quando ele poderia ter evitado pelo menos 400 mil mortes. Em 2019, na gripe H1N1, nós em três meses vacinamos 80 milhões de pessoas. Se ele tivesse deixado de ser ignorante e tivesse conversado com o pessoal da área da Saúde, com o pessoal dos laboratórios, com os secretários de estado - em vez de brigar com os governadores -, possivelmente muita gente hoje teria seu filho em casa, seu pai, sua mãe, sua vó. Foi um momento muito duro de pessoas que perderam parentes sem poder sequer ver a pessoa no enterro. Esse cidadão finge que não é com ele".

    Pernambuco e Marília Arraes

    O evento também marcou a declaração de apoio do prefeito de Recife, João Campos (PSB), à candidatura de Marília Arraes (Solidariedade) ao governo de Pernambuco.

    "Estamos em um momento histórico para o Brasil e Pernambuco. Hoje nós estamos vivenciando não somente uma eleição, uma eleição em que nós discutimos projetos para Pernambuco, para o Brasil, mas principalmente estamos defendendo o Estado Democrático de Direito. Estamos lutando contra o retrocesso nas conquistas de direitos. Estamos defendendo nossa democracia. Disputamos contra o fascismo, contra o ódio, contra a intolerância. Vamos unir Pernambuco e isolar a intolerância, o fascismo, no lugar para onde ele deve ir, para o lixo da história do Brasil", definiu Marília.

    A candidata também exaltou o ex-presidente Lula. "O senhor representa um projeto de país mais justo, de diminuição das desigualdades entre as pessoas, entre as regiões, entre o Nordeste e o Sul e Sudeste. Pernambuco não é uma ilha. Pernambuco está no Brasil, o Brasil que está sofrido, está desigual. Mas esse sofrimento tem data para acabar, e a partir de janeiro vamos estar juntos, eu aqui em Pernambuco e o senhor no Planalto, para a gente voltar a fazer o povo ser parte do orçamento da República novamente".

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