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    PF faz nova operação contra a quadrilha comandada pelo 'rei do lixo'

    Primeira fase da operação foi deflagrada em 10 de dezembro e cumpriu 17 mandados de prisão. Marcos Moura, o "Rei do Lixo", foi solto poucos dias depois

    (Foto: Divulgação/PF)
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    247 - A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta segunda-feira (23) a segunda fase da Operação Overclean, que investiga desvios em emendas parlamentares e fraudes em licitações envolvendo um esquema de corrupção liderado por empresários na Bahia. Os agentes estão cumprindo quatro mandados de prisão preventiva. 

    Segundo a coluna do jornalista Aguirre Talento, do UOL, entre os alvos estão o vice-prefeito de Lauro de Freitas, Vidigal Cafezeiro (Republicanos), e o secretário de Mobilidade Urbana de Vitória da Conquista, Lucas Dias. Também foram emitidos mandados contra um operador financeiro e um policial federal de Salvador, todos suspeitos de integrar uma organização criminosa estruturada para fraudar processos licitatórios e desviar recursos públicos. 

    As investigações apontam que o grupo seria liderado pelos empresários Marcos Moura, conhecido como "Rei do Lixo", e Alex Parente. De acordo com a PF, a organização utilizava contratos públicos para lavar dinheiro e garantir benefícios financeiros ilícitos a seus integrantes e aliados.

    Moura, preso durante a Operação Overclean no dia 10 de dezembro, é apontado como o articulador de uma vasta rede de contratos fraudulentos em 17 estados brasileiros, movimentando cerca de R$ 1,4 bilhão nos últimos anos. Só em 2024, o grupo teria desviado R$ 800 milhões. Documentos apreendidos pela PF, incluindo R$ 1,5 milhão em espécie e dezenas páginas de planilhas detalhadas, reforçam as suspeitas de superfaturamento, lavagem de dinheiro e manipulação de licitações públicas

    A primeira fase da Operação Overclean foi deflagrada em 10 de dezembro, quando 17 mandados de prisão preventiva foram cumpridos. No entanto, na última sexta-feira (20), todos os presos foram soltos por decisão da desembargadora Daniele Maranhão, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1).

    A Polícia Federal destacou, em nota, a complexidade do caso e a necessidade de ação rápida para impedir a continuidade dos crimes. "Os indícios obtidos revelam uma organização com elevado grau de sofisticação e forte influência política", informou a corporação.

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