"A gente combinou de sair juntos, mas não deu certo", diz irmão de sobrevivente de tragédia na BR-116
Relato de Alexandro Silva Pires revela o impacto emocional de acompanhar de perto o acidente que deixou 38 mortos em Minas Gerais
247 - O grave acidente na BR-116, em Teófilo Otoni (MG), que deixou 38 mortos e dezenas de feridos no último sábado (21), foi marcado por cenas de desespero e histórias de sobrevivência. Entre os relatos mais impactantes está o de Alexandro Silva Pires, irmão de um dos ocupantes do carro envolvido na tragédia. A reportagem é do G1, que trouxe detalhes do drama vivenciado pelos familiares das vítimas.
Alexandro e o irmão, acompanhados de outros colegas, haviam planejado viajar juntos do Rio de Janeiro para Vitória da Conquista (BA), em carros separados. No entanto, circunstâncias da estrada acabaram separando os dois veículos. "Meu irmão, minha cunhada e um colega de trabalho estavam no carro. A gente combinou de sairmos juntos, mas não deu certo. Teve um trânsito, e eles acabaram ficando mais à frente", contou.
Minutos depois, Alexandro recebeu a notícia de que o veículo onde estava sua família havia se envolvido no acidente. "Como eles estavam na minha frente, soube por colegas de trabalho que meu irmão tinha se envolvido em um acidente. Foi um susto terrível", relembra.
Apesar do impacto e das cenas chocantes no local, Alexandro encontrou alívio ao descobrir que os ocupantes do carro haviam sobrevivido, mesmo com ferimentos graves. "Foi desesperador chegar e ver o estrago, mas saber que eles estavam vivos me trouxe uma tranquilidade que nem sei explicar. Foi um milagre", desabafou.
O acidente: cenas de horror e solidariedade
O acidente ocorreu por volta das 3h30 da madrugada e envolveu três veículos: um ônibus da empresa EMTRAM, uma carreta carregada com uma pedra de granito e o carro onde estavam os familiares de Alexandro. As chamas consumiram rapidamente o ônibus, que transportava dezenas de passageiros. Imagens feitas por motoristas mostram o caos na rodovia, com veículos incendiados e destroços espalhados pela pista.
Alexandro, que seguia logo atrás, descreveu a angústia de ver a destruição e buscar notícias do irmão. "Quando cheguei, parecia um pesadelo. O ônibus estava pegando fogo, e havia muita confusão. Foi um alívio ver que meu irmão não estava entre as vítimas fatais."
Os três ocupantes do carro foram levados ao hospital em Teófilo Otoni com ferimentos graves, mas estáveis. Enquanto aguardava notícias, Alexandro refletiu sobre a fragilidade da vida e a importância de valorizar cada momento. "Por pouco minha família não se foi. Isso faz a gente pensar no que realmente importa", disse.
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