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      Advogado ligado ao PCC é preso por lavagem de dinheiro e corrupção

      Ahmed Hassan operava esquema milionário de imóveis e propinas, apontam investigações

      O advogado Ahmed Hassan, o Mude, foi acionista de uma empresa de ônibus de São Paulo e é acusado de lavar dinheiro para o PCC (Foto: Reprodução)
      Camila França avatar
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      247 - O advogado Ahmed Hassan, conhecido como “Mude”, foi preso nesta terça-feira (17) durante a Operação Tacitus, acusado de operar um esquema de lavagem de dinheiro para o Primeiro Comando da Capital (PCC). Segundo o Ministério Público de São Paulo (MPSP), Hassan usava sua influência e empresas de fachada para ocultar recursos ilícitos da facção criminosa, destaca reportagem do Metrópoles.

      Hassan era acionista da empresa de ônibus UpBus, que atua na zona leste de São Paulo, e utilizava a companhia para lavar dinheiro oriundo do tráfico de drogas. Ele já havia sido investigado pela Operação Decurio em agosto, por envolvimento na tentativa de infiltração do PCC nas eleições, e cumpria prisão domiciliar desde então.

      De acordo com o acordo de delação de Vinícius Gritzbach, ex-integrante do PCC assassinado no início de novembro, Hassan gerenciava a compra de imóveis para líderes do tráfico. O delator apresentou contratos e fotos de grandes somas em dinheiro como provas.

      Em uma gravação obtida pelo MPSP, Hassan sugere pagar R$ 3 milhões ao policial civil Valdenir Paulo de Almeida, conhecido como “Xixo”, também preso por receber propinas da facção. “Você acha que três [milhões] vai?”, pergunta o advogado. O policial responde: “Tá fácil, facinho”.

      Hassan ainda demonstra preocupação com os movimentos de Gritzbach, perguntando se “o passarinho tá voando direto” — expressão usada para saber se ele estava saindo de casa regularmente. O policial confirma, mas ressalta que o delator tinha segurança.

      O envolvimento de Ahmed Hassan com o PCC remonta a várias investigações anteriores. Autoridades afirmam que sua posição como advogado era usada para disfarçar sua verdadeira função: operador financeiro da facção.

      Com uma rede de contatos extensa, Hassan articulava negociações complexas envolvendo imóveis, empresas e pagamentos ilegais. Investigadores afirmam que ele era peça-chave na estrutura financeira do PCC, garantindo a circulação de recursos e a proteção de integrantes.

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