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    Boulos vê fortes indícios de fraude na eleição de Nicolás Maduro e diz que ele "não é legítimo"

    Candidato do Psol afirma que a eleição está sendo contestada inclusive pelo governo Lula

    Guilherme Boulos discursa em evento do governo federal em São Paulo (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

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    247 – O deputado federal e candidato do PSOL à prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos, afirmou nesta terça-feira que existem "indícios fortes de fraudes na eleição da Venezuela". Durante uma entrevista concedida à "CNN Brasil", reportada pelo jornal O Globo, Boulos destacou que a Venezuela não representa seu modelo de democracia e criticou a falta de transparência na eleição venezuelana, que tem sido alvo de questionamentos por diversos governos ao redor do mundo, incluindo o brasileiro.

    "Esta eleição, que está sendo questionada por quase todos os governos do mundo, inclusive o brasileiro, é uma outra história. Há indícios fortes de fraude na eleição da Venezuela", disse ele. "Se permanecer um presidente que foi eleito numa eleição sem transparência, ele não é legítimo. Como não seria legítimo aqui no Brasil, o Bolsonaro tentar dar um golpe e tentar virar a mesa, como tentou. Eu defendo a democracia onde quer que seja", acrescentou.

    Boulos, que é aliado do presidente Lula (PT), se posicionou diferentemente do PT, partido que até o momento evita comentários contundentes sobre a reeleição alegada por Nicolás Maduro. Segundo ele, a permanência de um presidente eleito em uma eleição sem transparência compromete a legitimidade do mandato, tanto na Venezuela quanto em qualquer outro país, incluindo um possível golpe no Brasil por parte de Bolsonaro.

    A situação eleitoral venezuelana também foi utilizada por adversários políticos como Ricardo Nunes (MDB), Pablo Marçal (PRTB), José Luiz Datena (PSDB) e a deputada Tabata Amaral (PSB) para criticar Boulos em debates televisivos. Durante a entrevista, Boulos optou por não comentar a nota divulgada pelo PT que reconhece Maduro como "presidente reeleito", ressaltando seu desacordo com a posição do partido.

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