Caso Marielle: PF hasteia 'bandeira branca' e se reúne com Polícia Civil do Rio para amenizar crise
A prisão de Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil no estado, foi o estopim para a crise entre as instituições
247 - Em meio à turbulência desencadeada pelo relatório final do caso Marielle, o superintendente da Polícia Federal no Rio de Janeiro, Leandro Almada, tomou a iniciativa de buscar uma trégua entre as instituições envolvidas, informa a colunista Bela Megale do jornal O Globo. Uma reunião convocada pelo chefe da PF carioca, realizada nesta quinta-feira (28), contou com a presença do secretário de Polícia Civil, Marcos Vinícius Amim, e demais autoridades do órgão, visando apaziguar os ânimos e reiterar o compromisso mútuo de colaboração.
Almada hasteou a "bandeira branca", assegurando que não haverá uma "caça às bruxas" dentro da Polícia Civil, e que a parceria entre as duas instituições continuará, inclusive com a colaboração vinda de Brasília. Durante o encontro, o delegado destacou que a PF comunicou previamente a operação relacionada ao caso Marielle, realizada no último domingo, ressaltando a participação da Polícia Civil em certos aspectos das buscas realizadas nos endereços ligados ao ex-chefe da instituição, Rivaldo Barbosa, que foi preso sob acusação de envolvimento no planejamento do crime contra a vereadora Marielle Franco.
A prisão de Rivaldo Barbosa foi o estopim para a crise entre as instituições, com delegados da Polícia Civil do Rio expressando desconfiança em relação às acusações que recaem sobre ele. Em um ofício enviado na quarta-feira, o superintendente da PF adotou um tom amistoso ao solicitar a reunião, agradecendo o apoio institucional da Polícia Civil e reiterando a reciprocidade da colaboração entre as duas instituições.
A Operação Murder Inc, deflagrada pela Polícia Federal no último domingo, resultou na prisão de três suspeitos, incluindo o deputado federal Chiquinho Brazão, o conselheiro do TCE-RJ Domingos Brazão e o mencionado ex-chefe da Polícia Civil do Rio, Rivaldo Barbosa. Todos são acusados de serem mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco, ocorrido há seis anos.
A investigação avançou significativamente após a delação do ex-policial militar Ronnie Lessa, apontado como executor do crime.
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