Chuvas e deslizamentos deixam 94 mortos em Petrópolis
Bombeiros ainda não sabem quantos são os desaparecidos
247 - O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, informou que subiu para 94 o número de mortos em Petrópolis após a tempestade de terça-feira, 15. Do total de vítimas, pelo menos 8 são crianças. O governador está na cidade e concedeu coletiva ao lado do prefeito Rubens Bomtempo e do secretário de Estado de Defesa Civil, Leandro Monteiro.
Segundo reportagem do G1, o Corpo de Bombeiros ainda não sabe o número de desaparecidos. Foram centenas de deslizamentos, pelo menos 54 casas foram destruídas pelas chuvas e 377 pessoas foram acolhidas em abrigos improvisados. Cerca de 400 bombeiros foram acionados para trabalhar nas buscas aos desaparecidos.
Além dos bombeiros, cerca de 200 policiais, peritos legistas e criminais, papiloscopistas, técnicos e auxiliares de necropsia, servidores de cartório e de diversas delegacias da Polícia Civil do Rio de Janeiro estão na cidade.
Diante dos acontecimentos, a prefeitura decretou estado de calamidade pública e orientou quem tiver parentes desaparecidos a procurar a delegacia. As equipes dos hospitais foram reforçadas para o atendimento às vítimas.
Segundo dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Nautrais (Cemaden), divulgados pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), em 24 horas houve um acumulado de 259 mm de chuva. Havia 90 anos que Petrópolis não via chuva tão volumosa no período de 24 horas. Até o momento, só neste mês, Petrópolis já registrou 565,2 mm de chuva.
Desastre
A cidade ficou sob a lama diante do deslizamento dos morros na cidade da Região Serrana do Rio, veículos ficaram empilhados com a força da correnteza e vias importantes foram bloqueadas. No Alto da Serra, ao menos 80 casas foram atingidas pelo deslizamento no Morro da Oficina. No morro, moradores e equipes dos Bombeiros, Exército e Defesa Civil passaram a madrugada procurando corpos.
“A situação é quase que de guerra. Vimos carros pendurado em poste. Carro virado de cabeça para baixo. Muita lama e muita água ainda”, descreveu o governador Cláudio Castro. “Grupos de trabalho já estão vendo o que vai precisar ser reconstruído. Mas nesse momento é salvar as pessoas e limpar a lama, lixo e escombros”, disse. Ele informou que o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, deve ir à cidade na próxima sexta-feira, 18.
De acordo com o governador, “a tragédia não foi maior porque as sirenes funcionaram”. “Mas foi uma tragédia de uma hora para outra, com uma quantidade de chuva raramente vista: 200 milímetros em duas horas é uma quantidade absurda e infelizmente, não teve como salvar todas as pessoas”, destacou.
Já o prefeito Rubens Bomtempo disse que a cidade está “passando por uma situação de extrema gravidade”. A Prefeitura abriu todos os pontos de apoio para o acolhimento da população de área de risco.
Confira os Pontos de Acolhimento, que recebem doações e abrigam desalojados:
- Centro de Educação Infantil Chiquinha Rolla
- Escola Estadual Augusto Meschick
- Escola Municipal Alto Independência
- Escola Municipal Ana Mohammad
- Escola Municipal Doutor Paula Buarque
- Escola Municipal Doutor Rubens de Castro Bomtempo
- Escola Municipal Duque de Caxias
- Escola Municipal Governador Marcello Alencar
- Escola Municipal Odette Fonseca
- Escola Municipal Papa João Paulo II
- Escola Municipal Rosalina Nicolay
- Escola Municipal Stefan Zweig
- Escola Paroquial da Igreja Bom Jesus
- Quadra do Boa Esperança Futebol Clube
- Paróquia São Paulo Apóstolo no bairro de Copacabana
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