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    Datena tem a pior votação da história do PSDB na cidade de São Paulo, conquistando 2% dos votos

    A derrota, já esperada, foi confirmada na noite deste domingo (6), quando a maioria das urnas já havia sido apuradas

    José Luiz Datena no debate RedeTV/UOL (Foto: Reprodução)

    247 - José Luiz Datena protagonizou uma das derrotas mais expressivas da história do PSDB nas eleições municipais de São Paulo. Com apenas 2% dos votos, Datena registrou a pior votação do partido desde sua primeira participação na corrida pela Prefeitura, em 1988. A derrota, já esperada, foi confirmada na noite deste domingo (6), quando a maioria das urnas já havia sido apurada. “Nós fizemos o que pudemos, a gente trabalhou com recursos reduzidos, mas é claro também que o meu desempenho não foi à altura de um candidato do tamanho do PSDB", admitiu o comunicador durante entrevista coletiva concedida antes mesmo do término da apuração. AsDatena tem a pior votação da história do PSDB na cidade de São Paulo, conquistando 2% dos votos informações são do jornal Folha de S.Paulo.

    Em agosto, Datena chegou a aparecer com 14% das intenções de voto, de acordo com levantamento do Datafolha. No entanto, sua campanha enfrentou dificuldades para manter o apoio, resultando em um desempenho aquém do esperado tanto para o apresentador quanto para o partido. A aposta em Datena como um "outsider", alguém de fora da política tradicional, acabou não surtindo efeito para os tucanos, que buscavam revigorar sua presença na capital paulista.

    Historicamente, o PSDB foi vitorioso em três eleições para a Prefeitura de São Paulo, com José Serra (2004), João Doria (2016) e Bruno Covas (2020). Antes de Datena, o pior desempenho da legenda havia sido em 1992, quando Fábio Feldmann obteve 5,8% dos votos válidos. Datena, porém, superou essa marca negativa, somando apenas 112 mil votos – número inferior ao obtido por três candidatos a vereador na cidade, como Lucas Pavanato, que alcançou 161 mil votos.

    O esvaziamento da candidatura de Datena reflete, em parte, a crise interna do PSDB, que perdeu o controle do governo do estado de São Paulo há dois anos, após a derrota de Rodrigo Garcia para Tarcísio de Freitas. Com a estrutura partidária fragmentada, o jornalista teve pouco apoio dentro do próprio partido, exceto pelo ex-senador José Aníbal, seu candidato a vice e presidente municipal da sigla. “Na campanha, não se encaixou o apresentador de televisão. Não se encaixou aquele cara que fala quatro horas sem parar, que narra futebol, que faz programas de rádio. Não se encaixa no personagem do político", refletiu Datena sobre sua trajetória na disputa.

    Outro ponto que chamou atenção durante a campanha foi a postura do comunicador em relação à propaganda eleitoral. Diferente dos demais candidatos, Datena se recusou a utilizar adesivos com seu número nas urnas e orientou seus cabos eleitorais a distribuir santinhos e bandeiras apenas para eleitores que manifestassem interesse.

    No entanto, o problema do PSDB não é somente em São Paulo, indicando uma crise nacional: A sigla possuia 523 prefeituras em 2020. Agora, são 273.

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