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    Delegados e observadores inauguram o 11° Congresso da Fepal

    Presidente da Federação, Ualid Rabah pediu um minuto de silêncio, por causa do genocídio cometido por Israel na Faixa de Gaza

    Congresso da Fepal (Foto: Divulgação)

    247 - Centenas de pessoas compareceram, na noite dessa sexta-feira (20), a solenidade de abertura do 11° Congresso da Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal), em São Paulo. Mais de 220 delegados e observadores no Club Homs, na Avenida Paulista, para prestar solidariedade ao povo palestino através do reconhecimento da atividade da Fepal. Presidente da Federação, Ualid Rabah pediu um minuto de silêncio, por causa do genocídio cometido por Israel na Faixa de Gaza, onde, segundo o Ministério da Saúde local, mais de 40 mil palestinos morreram desde outubro do ano passado.

    A Fepal exibiu também um vídeo institucional resumindo os trabalhos da direção que começou seu mandato em 2019 e que se encerra ao final deste Congresso. A maior parte do mandato da direção eleita no 10° Congresso foi de denúncia da ocupação e de organização do movimento brasileiro-palestino.

    Contudo, como não poderia deixar de ser, apesar de representar um tempo muito pequeno do atual mandato, as atividades contra a atual fase do genocídio em curso fizeram com que os esforços da direção da Fepal se multiplicassem. Organizando manifestações de rua, participando de debates e palestras, concedendo entrevistas e disseminando a realidade do povo palestino por suas próprias redes sociais, a Fepal cresceu muito neste quase 12 meses. A denúncia e a luta contra o genocídio, sem a menor sombra de dúvidas, foi a característica mais marcante desses cinco anos de mandato da atual direção da Fepal.

    Ao lado de Ualid Rabah, compuseram a mesa cerimonial o Embaixador da Palestina no Brasil, Ibrahim Alzeben, a Embaixadora no Chile, Vera Baboun, o embaixador do Iraque no Brasil, Firas Hassan Hashim al-Hammadany, o embaixador da Líbia no Brasil, Osama Ibrahim Ayad Sawan, além de outros diplomatas, líderes religiosos, políticos e de movimentos sociais.

    Os sionistas “querem apagar a existência do povo palestino”, denunciou a Embaixadora da Palestina no Chile. “É impossível ter paz na Terra se não houver paz na Palestina”, afirmou ainda.

    Por sua vez, Alzeben homenageou os cidadãos de todos os países árabes que deram suas vidas na luta pela libertação da Palestina “e para por fim a este genocídio”. Também agradeceu à solidariedade da mesa, dos presentes e de todo o povo brasileiro: “a Palestina, sim, existe, e a realização deste Congresso é uma prova disso, de que a Palestina existe e seguirá existindo.”

    “Este evento não é somente uma denúncia do genocídio, mas um voto pela legitimidade da denúncia do genocídio”, completou o Embaixador. Ele também prestou solidariedade ao Brasil e ao presidente Lula devido às queimadas que afligem o Brasil, bem como agradeceu ao mandatário pela solidariedade que ele próprio tem prestado ao povo palestino.

    O Congresso terá a sua continuidade neste sábado, com a abertura dos trabalhos em si, na parte da manhã, e as atividades livres e públicas na parte da tarde. Elas incluem oito mesas de debates com alguns dos principais intelectuais, acadêmicos e ativistas do Brasil. Para fechar a noite, haverá a Grande Plenária de Solidariedade ao Povo Palestino. Todas as atividades serão no Hotel Panamby, na Barra Funda.

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