Em ato de golpistas, Tarcísio ataca Lula e pede volta de Bolsonaro ao poder
Governador reclamou do preço dos alimentos em seu discurso no ato pró-anistia em Copacabana
247 - Durante um ato na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, neste domingo (16), em defesa da anistia aos golpistas envolvidos nos atos bolsonaristas de 8 de janeiro de 2023, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, aproveitou a ocasião para atacar o governo do presidente Lula e defender o retorno de Jair Bolsonaro ao poder, apesar de sua inelegibilidade até 2030.
"Ninguém aguenta mais a inflação porque tem um governo irresponsável que gasta a gasolina caro, feijão gasta mais do que deve. Ninguém aguenta mais o arroz caro, o ovo caro. Prometeram picanha e não tem nem ovo. E se tá tudo caro, volta Bolsonaro", disse Tarcísio no ato, de acordo com o UOL.
Bolsonaristas se frustraram com o ato esvaziado na praia de Copacabana, que ficou muito aquém da promessa de Bolsonaro de reunir mais de "um milhão" de pessoas.
Imagens transmitidas pela TV Globo mostram que o ato não conseguiu ocupar quarteirões inteiros nem mobilizar uma multidão, reunindo apenas um grupo diante do palco, com presença espalhada pela avenida e chegando até a faixa de areia. Previsto para começar às 10h, o evento seguiu com baixa adesão mesmo horas depois.
Além de Bolsonaro e Tarcísio, participaram do ato o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, o de Santa Catarina, Jorginho Mello, e o de Mato Grosso, Mauro Mendes.
Prestes a ser preso por liderar a tentativa de golpe de Estado após a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Bolsonaro fracassa em sua última tentativa de angariar apoio popular a um projeto que anistiaria os envolvidos nos atos antidemocráticos.
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) marcou para 25 de março a análise pelo colegiado da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado.
Encaminhada pela PGR ao Supremo em 18 de fevereiro, a denúncia posiciona Bolsonaro como líder de uma organização criminosa que agiu para contrariar o resultado das urnas após a vitória do presidente Lula nas eleições de 2022.
Em caso de condenação por todos os crimes a que foi denunciado, as penas de Bolsonaro poderiam variar de 12 anos a mais de 40 anos de prisão.
A defesa do ex-mandatário afirmou em manifestação ao STF que não há provas contundentes que apontem Bolsonaro como autor de ordens para a execução de um golpe de Estado ou que tenha praticado qualquer ato de violência. Bolsonaro reclamou do que considerou um ritmo acelerado para tratar das acusações de que é alvo.
Bolsonaro está inelegível até 2030 por conta de duas condenações no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder político na campanha eleitoral de 2022. (Com informações da Reuters).
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