Empresário envolvido em esquema de propina no Rio pediu retorno do que investiu a marqueteiro de Crivella
O empresário Rafael Alves disse a Marcello Faulhauber, ex-marqueteiro de Marcelo Crivella, que não queria “cargo nem status”, apenas o “retorno do que está sendo investido”
247 - Em troca de mensagens entre o marqueteiro Marcello Faulhauber, que trabalhou na campanha de Marcelo Crivella em 2016, e Rafael Alves, adquirida pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, o empresário disse que não queria “cargo nem status”, apenas o “retorno do que está sendo investido”.
A conversa é de setembro de 2016, quando estava ocorrendo a campanha eleitoral. A conversa foi enviada ao TJ no pedido de busca e apreensão contra os investigados na operação do chamado “QG da propina” de Crivella. Os investigadores afirmam que o empresário arrecadava propina e indicava empresas que seriam contratadas pela Prefeitura carioca. O irmão dele, Marcelo Alves, foi nomeado pelo prefeito presidente da Riotur.
Para os investigadores, “as claríssimas afirmações feitas por Rafael Alves evidenciam, a um só tempo, quais eram suas intenções ao ‘investir’ na campanha eleitoral de Marcelo Crivella, bem como escancaram a prévia ciência e anuência do então candidato e atual Prefeito”.
“Por óbvio que a única pessoa que poderia lhe conceder cargos ou status na futura administração seria o próprio Prefeito, razão pela qual não há dúvidas de que Rafael Alves se refere ao próprio Marcelo Crivella quando afirma que vai deixar muito claro que quer o retorno do que está sendo investido e não cargos ou status”, afirmam os procuradores do Ministério Público.
No domingo, Crivella negou as relações com Alves. Segundo o prefeito, isto seria “papo furado”. Ele ainda afirmou que não há provas contra ele.
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