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Engie leva maior lote do 2º leilão de transmissão do ano

Elétrica se comprometeu a investir cerca de R$ 2,9 bilhões para construir linhas e subestações em cinco estados do Sul e Sudeste

Linhas de transmissão de energia elétrica. (Foto: Marcello Casal Jr/Agencia Brasil)

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InfoMoney -  A Engie Brasil (EGIE3) arrematou o maior projeto de transmissão de energia ofertado em leilão nesta sexta-feira (27), se comprometendo a investir cerca de R$ 2,9 bilhões nos próximos anos para construir linhas e subestações em cinco Estados das regiões Sul e Sudeste.

O lote 1 foi vencido pela elétrica de matriz francesa com uma proposta de deságio de 48,14% sobre a receita anual permitida (RAP), totalizando R$ 252,4 milhões. Participaram da disputa pelo ativo outras grandes companhias do setor elétrico, como Eletrobras (ELET3) e Copel (CPLE6), além do fundo Warehouse do BTG Pactual (BPAC11) e consórcios da Alupar (ALUP11) e das espanholas Cymi e Acciona.

O novo projeto de transmissão na carteira da Engie visa reforçar o sistema elétrico dos estados do Paraná e de Santa Catarina, além de atender Espírito Santo e algumas regiões de Minas Gerais. O prazo para conclusão do empreendimento é de 60 meses, e é estimada a criação de 5,8 mil empregos diretos.

Foram ofertados ainda outros dois lotes de menor porte no certame, que ao todo deve exigir dos empreendedores cerca de R$ 3,3 bilhões em investimentos.

A Taesa (TAEE11) foi a vencedora do lote 3, com receita anual permitida (RAP) de R$ 17,76 milhões, o que representa um desconto de 53,45% ante o valor máximo que havia sido estabelecido. Esse projeto prevê a instalação de uma subestação no estado de São Paulo, com R$ 244 milhões em investimentos estimados.

O lote 4 ficou com a Cox Brasil, que ofertou uma receita anual permitida (RAP) de R$ 12,6 milhões deságio de 55,56% ante o valor máximo. O empreendimento prevê a construção de uma subestação na Bahia, com R$ 168,24 milhões em investimentos.

A concorrência contou ainda com a participação das elétricas CPFL e EDF, empresas de engenharia e consórcios menores.

Esse foi o segundo leilão de transmissão de energia realizado pelo governo federal neste ano, em meio a esforços para ampliar e reforçar a rede elétrica nacional devido ao rápido crescimento da geração no país e ao crescimento do consumo de energia.

Na primeira licitação de 2024, realizada em março, foram ofertados 15 lotes de transmissão, com R$ 18,2 bilhões em investimentos, em disputa que teve a Eletrobras o BTG Pactual como principais vencedores.

Para os próximos anos, o Ministério de Minas e Energia prevê pelo menos mais três leilões de transmissão de energia. Segundo calendário divulgado na véspera pela pasta, em 2025 haverá um único certame, em outubro. Já em 2026, os certames devem ocorrer nos meses de abril e outubro.

Governo viabiliza R$ 3,35 bilhões em investimentos em linhas de transmissão

Agência Gov - Nesta sexta-feira, 27 de setembro, o Governo Federal, por meio do Ministério de Minas e Energia (MME) e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), realizou o segundo leilão de transmissão de 2024. O certame viabilizou R$ 3,35 bilhões em investimentos para a construção de 783 km de novas linhas de transmissão de energia elétrica e subestações, além de assegurar novos contratos para empreendimentos já existentes para garantir a continuidade dos serviços.

A construção dos empreendimentos deve gerar cerca de 7 mil empregos diretos e indiretos. A expansão no sistema será de 783 km a partir de novas linhas de transmissão e ampliação da capacidade de transformação em 1.000 MVA, a partir de novas subestações. O leilão também contou com a realização da concessão de linhas de transmissão já existentes e que estavam em final de contrato, que vão permitir a prestação dos serviços energéticos.

“Nos últimos leilões, trouxemos grandes investimentos em obras de infraestrutura de transmissão para todo o país. Agora, além de novas construções, estamos garantindo segurança de suprimento a partir da continuidade da prestação desses serviços tão essenciais à sociedade, prezando, principalmente, pela qualidade e modicidade tarifária”, destacou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Ele reforçou que o Governo Federal continuará trabalhando para que o setor de energia elétrica seja um indutor do desenvolvimento econômico e social, garantindo emprego e renda à população.

Os empreendimentos do leilão são nos estados da Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, São Paulo e Santa Catarina. Eles estão divididos em três lotes, que registraram deságios médios de aproximadamente 50% dos valores. O prazo para operação comercial dos empreendimentos varia de 42 a 60 meses, para concessões por 30 anos, contados a partir da celebração dos contratos.

RIO GRANDE DO SUL: O MME solicitou à Aneel a retirada do lote 2 do segundo leilão de transmissão de 2024 devido às enchentes ocorridas no estado do Rio Grande do Sul, em maio de 2024, com o objetivo de mitigar riscos de implantação e problemas operacionais em caso de eventos extremos. Com isso, a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) vai elaborar uma reavaliação dos traçados das linhas de transmissão e das localizações das subestações a serem implantadas no estado.

A expectativa é que essas revisões nos estudos estejam concluídas ainda em 2024, e que estas obras, que permanecem necessárias no horizonte do planejamento energético, façam parte do próximo leilão, em 2025.

MAIS CERTAMES: Para 2025 e 2026, estão previstos mais três leilões de transmissão de energia elétrica. Para manter a eficiência e a competitividade no leilão, o MME decidiu que no próximo ano será realizado apenas um leilão, em outubro. Já em 2026, os certames devem ocorrer nos meses de abril e outubro.

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