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    Esquema de corrupção no metrô paulista atinge Serra, Alckmin e vice-governador paulista

    A delação premiada feita pelo executivo Sergio Corrêa Brasil, ex-diretor do Metrô de São Paulo, revela um esquema de pagamentos de propinas a deputados nas gestões de José Serra e Geraldo Alckmin. Um dos envolvidos na acusação de 'mensalinho' é Rodrigo Garcia, atual vice-governador na gestão de João Doria

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    Do BR2pontos – Em delação premiada, o ex-diretor do Metrô de São Paulo, Sérgio Corrêa Brasil revelou supostos esquemas de propinas para abastecer as campanhas do alto escalão do PSDB ao governo estadual de São Paulo e também um suposto mensalão na Assembleia Legislativa para apoiar os interesses de governadores tucanos. Em uma série de depoimentos ao Ministério Público Federal, Brasil relata que as vantagens teriam beneficiado candidaturas deJosé Serra e Geraldo Alckmin e que acertos e repasses chegaram a ser realizados junto ao atual vice-governador paulista, Rodrigo Garcia (DEM).

    O delator não diz que entregou ou mandou entregar valores ilícitos em mãos de Serra e Alckmin. Mas afirma que o dinheiro seguia para as campanhas dos tucanos.

    A delação do ‘Encostado’

    Confessa ter recebido propinas milionárias nas obras das Linhas 2-Verde, 5-Lilás e 6-Laranja, cita candidaturas de Alckmin e Serra, ‘apoio’ de partidos e deputados da Assembleia Legislativa do Estado e rotina de entregas de dinheiro vivo em escritórios políticos, cafés, restaurantes e shoppings.

    No âmbito da Justiça estadual, Brasil já está denunciado criminalmente por corrupção na 12.ª Vara Criminal da Capital. Na planilha de propinas da Odebrecht, ele era o ‘Encostado’ ou ‘Brasileiro’.

    Sérgio Brasil começou a negociar em junho de 2018 sua delação com a força tarefa da Lava Jatoem São Paulo. Em outubro fez diversos depoimentos. A delação foi homologada agora pela Justiça Federal.

    Ele narra um alentado esquema de corrupção no Metrô que teria se iniciado em 2003 e perdurado até, pelo menos, 2014.

    A colaboração de Brasil com a força-tarefa da Operação Lava Jato em São Paulo foi homologada pelo juiz João Batista Gonçalves, da 6.ª Vara Criminal Federal.

    O delator descreve ilícitos relativos às obras das linhas 2 – Verde, 5 – Lilás, e 6 – Laranja. Ainda haveria supostos esquemas na Linha 4 – Amarela, mas ele diz que, neste caso, não chegaram a render propinas. Cita, ainda, em meio à rotina de ilícitos o Tribunal de Contas do Estadode São Paulo. Apontou o nome de um ex-conselheiro, Eduardo Bittencourt de Carvalho, já réu em ação por improbidade e enriquecimento ilícito.Veja mais no MSN Brasil:

    Brasil diz ter sido procurado, inicialmente, pelo executivo Fábio Gandolfo, da Odebrecht, para receber meio por cento dos contratos da Linha 2 – Verde, ainda em 2003.

    “Fábio narrou que havia um sistema implantado de financiamento politico-partidário em favor dos partidos de sustentação do governador Geraldo Alckmin (PSDB), quais sejam, PPS, PSDB, PFL e PTB. Era pago um valor mensal a cada um dos partidos, para que eles dessem sustentação as propostas e aspirações do Governo na Assembleia Legislativa.”

    Entre os deputados estaduais citados pelo ex-diretor do Metrô no anexo em que fala sobre o ‘mensalinho’ estão Edson Aparecido (PSDB) e Campos Machado (PTB).

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